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case

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REVISTA LOCAWEB

do processo. Depois, em um portal

independente, o documento é assinado.

Isso é feito para seguir as normas de

segurança da ICP-Brasil, como forma de

garantir a proteção dos dados pessoais.

“Até hoje não vi casos de falsificação

de documentos digitais, apenas físicos.

Ocorre que, quando isso acontece em

algo impresso, é fácil notar a fraude,

mas praticamente impossível de saber

quando e como foi feita. No processo

eletrônico, os problemas aumentam

significativamente para os falsificadores”,

conta Ayrton. “Por outro lado, já sei

que, recentemente, os piratas passaram

a fabricar etiquetas. É aquela velha

história, temos sempre de estar à frente

das pessoas mal-intencionadas para,

quando chegarem até nós, podermos

rastreá-las.”

Do ponto de vista legal, a assinatura

digital é reconhecida e válida no

Brasil desde 2001, muito antes do

Cartório Digital entrar em operação.

A Medida Provisória 2.200-2/2001

diz que “documentos assinados

digitalmente possuem validade

jurídica”. Já a Lei Federal 8.935, de

1994, afirma no artigo 41 que “incumbe

aos notários e aos oficiais de registro

praticar, independentemente de

autorização, todos os atos previstos

em lei necessários à organização e

execução dos serviços, podendo,

ainda, adotar sistemas de computação,

microfilmagem, disco óptico e outros

meios de reprodução”.

Sustentabilidade

e tempo ganho

Mais do que oferecer praticidade ao

público, o uso de arquivos digitais nos

cartórios resulta em outros benefícios

sociais, como a redução do uso de

papéis. Além do lado sustentável,

Ayrton enfatiza o ganho de tempo na

realização dos serviços. Um exemplo é o

procedimento chamado apostilamento

de Haia. Desde agosto de 2016, o 1º

Tabelionato de Notas de Porto Alegre

realiza esse processo. Trata-se de uma

espécie de acordo internacional com

cerca de 100 convencionados que faz

com que um documento assinado em

uma nação seja reconhecido legalmente

por outra. Antes, os responsáveis

por essa tarefa eram o Ministério das

Relações Exteriores e os consulados,

mas agora alguns tabelionatos

credenciados se responsabilizaram por

dar entrada na documentação.

“Para obter cidadania em outro país,

por exemplo, é usada a apostila de Haia,

que nada mais é do que uma anotação

que atesta a validade do papel. Antes,

tudo isso era feito no papel e o trâmite

demorava 60 dias. Hoje, o documento é

digitalizado, eu assino e gero a apostila

eletronicamente. Em poucos minutos,

está pronto e é enviado em tempo real

no Conselho Nacional de Justiça, que o

legaliza em até 10 minutos. O ganho é

absurdo”, declara Ayrton.

Com quase 30 anos na rotina

notarial, Ayrton tem usado seus

conhecimentos em tecnologia para

mudar a relação das pessoas com o

tabelionato. Com o primeiro cartório

digital do País funcionando, o objetivo

do profissional agora é que seu legado

seja espalhado pelo Brasil, assim como

ocorreu com as etiquetas. Dessa forma, o

cenário empoeirado descrito no começo

desta reportagem ficará restrito apenas

ao imaginário. E a tecnologia, mais uma

vez, cumprirá seu papel de facilitar as

tarefas diárias das pessoas. Tudo graças

a mentes empreendedoras e que não

têmmedo de inovar.

A Sky Informática usa algumas soluções da Locaweb para melhor o desempenho, como a plataforma Jelastic

Estamos em um

processo de

‘evangelização’,

aculturando o público a

usar a ferramenta.

Acredito que nos

próximos cinco anos

tudo vai mudar. Quem

usa o cartório físico vai

migrar para o digital

naturalmente

Ayrton Bernardes,

Idealizador do Tabelionato.org