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PILOTO
DE DRONES
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ma das coisas mais bacanas de se acompanhar tecnologia há
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desaparecimento) de algumas outras.
Para ficar no começo da internet comercial no Brasil, entre o
final dos anos 90 e início dos 2000, recordo quando a profissão
“promissora do momento” era “webdesigner”. Como ainda havia pouca web
e, menos ainda, cursos a respeito, profissionais eram importados de outras
áreas para criar o desenho de páginas de internet. Boa parte deles já atuava
com mídias digitais – como em desenho e animações para CDs e outras
mídias físicas.
Havia pouca gente por dentro do assunto e, por isso mesmo, os valores
dos salários eram altos. Nessa mesma época, ainda para ficar no exemplo do
começo da web no Brasil, jornalistas acostumados com papel abandonavam
as redações tradicionais para encarar o dia a dia de sites de notícias,
entretenimento e o que mais fosse conteúdo. A valor da transferência,
costumeiramente, era não menos do que o dobro do salário.
O jornalismo não morreu – mas é umas dessas profissões que se adaptou.
Profissionais migraram em peso para a web. E a rede mudou a forma como
são feitas reportagens ao redor do mundo – em sua maioria, mais rápidas,
curtas, diretas. Hoje, os salários de repórteres de sites, grosso modo, já não
diferem tanto em relação a quem escreve para papel.
Entre as profissões ou ocupações que perderam espaço graças à
tecnologia, pode-se citar vários – vou ficar só nas tradicionais telefonistas
(que somente atendiam e redirecionavam ligações) e nos estenográficos (que
escreviam por meio de abreviaturas, para registrar textos de forma
mais rápida).
Lembro que há dez anos, mais ou menos, li uma reportagem sobre uma
profissão em alta à época: criador de apresentações (em Powerpoint, naquele
momento). Atualmente, trata-se do especialista em storytelling. Ele usa, hoje,
ferramentas bem diversas do PPT para narrar algo, como o online Prezi.
O fato é que enquanto o mundo gira, profissões surgem e somem. Se
reciclam e se moldam. Na reportagem de capa desta edição, especialistas
apontam os setores da economia que, imediatamente ou em um curto prazo,
devem pagar bem pelo pioneirismo ou inovação envolvidas. Dentre todas as 20
listadas no texto da repórter Marcella Blass, a que mais me chamou a atenção
foi a de condutor de drone. Os motivos? Você confere a partir da página 30.
Boa leitura.
Fernando Cirne
Diretor de Marketing
Lembro que há dez anos,
mais ou menos, li uma
reportagem sobre uma
profissão em alta à época:
criador de apresentações
(em Powerpoint, naquele
momento). Atualmente,
trata-se do especialista em
storytelling. Ele usa, hoje,
ferramentas bem diversas
do PPT para narrar algo,
como o online Prezi.
REVISTA LOCAWEB
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