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JESSICA BREHENS

NOVA MENSAGEM

12

REVISTA LOCAWEB

Revista Locaweb:

De onde surgiu

a ideia de criar o Tradr, o “Tinder

dos produtos”?

Jessica Brehens:

Em 2014, passei por uma

grande crise existencial. Estava terminando

a faculdade e não sabia o que iria fazer em

seguida. Decidi, então, aceitar um desafio de

me desapegar de uma coisa por dia durante

um ano inteiro. No entanto, eu não encontrava

um meio fácil e rápido de achar pessoas

interessadas nesses objetos. Um dia veio a

ideia de um Tinder para produtos e calculei que

a integração com o Facebook e o sistema de

geolocalização resolveriam meus problemas.

Foi um insight.

LW:

A partir da ideia, como rolou o

desenvolvimento do aplicativo?

Jessica:

Foi uma verdadeira aventura. Eu fui

para Harvard (universidade norte-americana

situada em Cambridge, Massachusetts) só para

desenvolver o app. Lá, já havia três estudantes

na equipe: Zaki Djemal, Eddy Lee e Lucas

Freitas. Aquele foi o pior inverno já registrado

da história da região. Ninguém saía de casa

de tão frio. Com isso, tivemos muito tempo

para nos dedicar ao software. Em apenas

quatro meses tiramos a ideia do papel,

lançamos a primeira versão e conseguimos

nosso primeiro investidor.

LW:

Como você foi parar em

Harvard? E o que a universidade

oferece para o projeto?

Jessica:

O meu primeiro contato com a

universidade se deu por meio dos estudantes

de lá. Hoje estamos incubados no Laboratório

de Inovação de Harvard. Sem pedir nada

em troca, a escola nos oferece uma grande

infraestrutura como espaço de co-work,

cursos, workshops e treinamentos. Também

temos acesso facilitado aos maiores

especialistas do mercado norte-americano e a

uma grande rede de network.

LW:

Foi complicado conciliar

os estudos da faculdade com o

desenvolvimento do Tradr?

Jessica:

Por sorte eu já tinha feito

todas as matérias que precisava

para me formar. Precisava apenas

terminar o Trabalho de Conclusão

de Curso (TCC) para chegar lá.

Assim, transformei o Tradr no

meu projeto universitário, o que

foi uma sacada genial. Eu poderia

focar na startup e ainda contaria

com o apoio e a orientação dos

professores da Universidade de

Brasília. Deu certo!

LW:

É possível faturar

com o Tradr?

Jessica:

Na hora que tive a ideia, apenas

pensei em conectar amigos e vizinhos por meio

de suas coisas usadas. No entanto, para o

Tradr ser aceito pelo Laboratório de Inovação

de Harvard era necessário apresentar um

modelo de negócios detalhado que incluísse

formas de monetização. Atualmente,

nosso foco está apenas no crescimento e

engajamento da nossa base de usuários.

Depois, veremos.

LW:

4XDO IRL D JUDQGH GLëFXOGDGH SDUD

desenvolver o aplicativo?

Jessica:

$ PDLRU GLíFXOGDGH IRL HQFRQWUDU

SURJUDPDGRUHV ERQV TXDOLíFDGRV H GLVSRQ¯YHLV

quando decidimos desenvolver parte do

Tradr aqui no Brasil. Demorou bem mais que

o esperado, mas felizmente encontramos as

pessoas certas.

LW:

Quando você percebeu que estava no

caminho correto?

Jessica:

Vi que tínhamos boas chances de

sucesso quando centenas de estudantes de

Harvard começaram a usar o nosso aplicativo e

me falaram que a ideia era genial. Alguns amigos

que trabalhavam em empresas como Facebook,

Google e Pinterest também amaram o Tradr. Isso

PH WURX[H EDVWDQWH FRQíDQ©D

LW:

Sem a parceria com Harvard, o

aplicativo daria certo? Mudaria algo se ele

fosse desenvolvido inteiramente no Brasil?

Aplicativo

sugere imagens

que podem ser

curtidas e

negociadas

em seguida

Formada em

Comunicação

Social,

Jessica tem

apenas 23 anos

[

A JOVEM AINDA ESTAVA CURSANDO A

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA QUANDO

TEVE A IDEIA DO APLICATIVO QUE

CHAMOU A ATENÇÃO DE HARVARD

]