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opinião
espaço
abradi
Amoda
dosapps
Jonatas Abbott
Sócio-diretor executivo
da Dinamize e presidente
da ABRADi
E-mail:
T
he web is dead, publicou Chris
Anderson na capa da revista
norte-americana
Wired
, em
2010, iniciando uma discussão meio
sem sentido sobre o futuro dos sites. A
reportagem defendia que os apps seriam
o futuro e o site estaria condenado a
morte. Curiosamente, dois anos depois
o artigo segue publicado no vivíssimo
site da
Wired
(
magazine/2010/08/ff_webrip/).
O argumento de Anderson não estava errado,
ainda mais em países como o Brasil, no qual a
classe C pulou o telefone fixo e, especialmente,
o desktop, direto para o celular e o smartphone.
Anderson defendia que, graças ao melhor
desempenho do aplicativo e ao esquema de
usabilidade sob medida X mobilidade, os sites
estavam fadados ao ostracismo.
Recentemente outros especialistas
defenderam que os aplicativos estão fadados
ao fracasso, graças ao barateamento e difusão
da banda larga X HTML5 e de sites mobile. Isso
tudo sem falar nos tablets, nos quais, muitas
vezes, é melhor abrir o site do que o app.
O fato é que nada neste mundo é 8 ou 80.
As coisas costumam ser tamanho 44 mesmo. A
complexidade desse sistema chamado internet
aumenta a cada dia. E, a exemplo do e-mail,
assassinado tantas vezes, nada tende a morrer,
mas sim encontrar seu lugar definitivo ao sol.
Apps têm aplicações específicas. Muitos
são melhores que o próprio site web. Isso
ocorre até mesmo no desktop (ou notebook),
em que os apps também se multiplicam e
encantam. O site, no entanto, continuará sendo
o alvo, o vertedouro para onde convergem
todas as ações de comunicação da empresa. A
sua presença web continuará a ser seu maior
desafio e seu maior benefício – com ou sem o
apoio dos apps correlatos.
Bancos, por exemplo, são ótimos para usar
via app (mas não para tudo), Twitter nem se
fala. Facebook é melhor no full site, assim como
o G1 e outros sites de notícias.
O grande problema que enxergo é que
as empresas seguem colocando a carroça na
frente dos bois. Discute-se primeiro a presença
da empresa nas redes sociais e qual app será
usado. A moda está na moda. O hype, o da
hora. O site foi colocado de lado.
Hype para as empresas é resultado – algo
que nunca sai de moda. O HTML5 veio para
contribuir com o dilema. Eu começaria dando
enorme atenção ao site da empresa. Com isso
resolvido, tudo fica mais fácil. É preciso dar
menos enfoque ao futuro ou ao passado. O que
importa para o resultado é o agora.
Discute-se
primeiro a
presença da
empresa nas
redes sociais e
qual app será
usado. A moda
está na moda.
O hype, o da
hora. O site
foi colocado
de lado
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