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Computadores sem mouses
ou teclados, capazes de
reagir a nossos corpos e objetos.
Em vez de senhas, mapeamento de
impressões digitais e de retina. No
lugar das telas, um ambiente de
virtualização e imersão completa
em que a interação homem-máquina
é feita de forma direta, por meio de
comandos de voz, movimentos e
sensores capazes de integrar o
mundo físico com o digital. O que
parece cenário de ficção científica
está prestes a ser realidade. E o que
é melhor: em pouco tempo.
Passo a passo, a indústria de
computação caminha no sentido de
oferecer esse tipo de experiência ao
usuário de forma a tornar a vida mais
prática. Muitas dessas ideias, a princípio
descoladas do mundo real, começam
a tomar forma ou até já funcionam.
Depois de lidar por anos e
anos com as limitações de hardware e
software, a nova fronteira da indústria
é tornar a tecnologia cada vez mais
acessível a quem não tem familiaridade
com ela. Nesse sentido, o mecanismo
touch é um avanço de intuitividade.
Outrora de uso restrito, o sistema
em que o toque significa o acesso à
informação – seja ela um menu, opção
ou mesmo objetivo – virou moda e
está disponível em quase todos os
celulares, desktops e tablets.
A mordida da maçã
O lançamento do iPad, em
2010, é visto como determinante
para a consolidação de novos
conceitos de interface de
comunicação. Em poucos meses no
mercado, o tablet da Apple se tornou
objeto de desejo não só da legião de
seguidores da empresa, mas também
no mercado, há ainda o limite do
mecanismo de apontar e clicar,
além do uso de dois dedos para
interações de zoom in e zoom out.
Mas e se fosse possível quebrar essa
lógica linear de point and click e
de interações sequenciais? É aí que
entram iniciativas como o 10/Gui e o
Microsoft Surface. Lançada em 2009
por Robert Clayton Miller, a ideia
do 10/Gui é inovadora. Ao observar
o avanço da tecnologia touch, o
designer se perguntou por que, com
tantos avanços técnicos, o usuário
está rendido a essa lógica de apontar
e clicar. Mais que isso, escravizado
por um único ponto de interação
em uma tela no sistema de arrastar
e soltar, sendo possível apenas uma
operação de cada vez, tanto no
mouse quanto na tecnologia touch.
A partir daí, Miller concluiu que
seria fundamental colocar em prática
uma plataforma em que, a partir
de um ponto de interação na tela,
seria possível realizar mais operações
de forma simultânea e intuitiva.
Foi assim que surgiu a ideia do
10/Gui, a interface gráfica com dez
de executivos, usuários de tecnologia
em geral e de uma série de outros
públicos.Tudo porque coloca
literalmente na mão do usuário
comum funcionalidades antes vistas
apenas em alguns lugares.
Mesmo quem nunca precisou
de um iPad passou a arranjar formas
de usá-lo. Razões para isso não faltam,
como a portabilidade do aparelho e a
vasta gama de aplicativos disponíveis
para seu uso, passando pelo mais
simples e enraizado consumismo. No
entanto, outros aspectos parecem
ultrapassar todos esses: a facilidade e a
intuitividade do iPad.
Olhar e pressionar com o
dedo é um ato que faz parte até
do manuseio de micro-ondas, por
exemplo. Um passo adiante nesse ideal
é justamente o mecanismo do iPad, em
que, além do pressionar e tocar, há
possibilidade de arrastar, aproximar
e afastar a visão de conteúdos com
simples comandos manuais.
10/Gui e Con10numm
Por mais avançados que sejam
os produtos disponíveis atualmente
O Con10numm é um modelo de desktop 3D, formado por uma interface de trabalho
diferenciada, que agrupa horizontalmente e de forma simultânea os aplicativos
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