Locaweb Edição 130
// revista locaweb @revistalocaweb 40 // reportagem / energia solar ao segundo modelo de negócios dentro do sistema fotovoltaico. Trata-se da geração remota. Neste contexto, empresas especializadas constroem usinas fotovoltaicas em um lugar remoto, injetam toda a energia produzida na distribuidora local e indicam, todos os meses, quanto deve ser compensado para cada cliente. “Na conta de luz, estará descrito quantos quilowatts (kW) a companhia consumiu e quantos foram injetados por parte da geração solar”, explica Kim Lima, diretor de Marketing e Comercial da Evolua Energia. Essa alternativa, no entanto, é voltada mais para quem deseja contribuir com o meio ambiente do que para quem visa economizar dinheiro. Isso porque não há uma redução absoluta do consumo, mas a diminuição do valor da energia que se compra da distribuidora. Aqui, o usuário ainda paga uma taxa para a empresa que presta o serviço, assim como um valor por injetar e depois retirar a energia da concessionária – tal procedimento passou a ser taxado a partir de 6 de janeiro de 2023; saiba mais no box ao lado. “Descobrir a melhor modalidade para cada empresa é bem simples. Se você tem um espaço adequado para instalar o sistema, faz muito mais sentido financeiramente investir na própria usina. Agora, se a sede está localizada em um prédio ou em um local com uma área de telhado muito pequena, por Novas regras Em janeiro de 2022, o então presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei nº 14.300/22. Trata-se da criação do Marco Legal da Geração Distribuída – um conjunto de normas que passou a fiscalizar a energia elétrica gerada junto às instalações de consumidores e empresas. Aqui, o maior representante são os painéis fotovoltaicos. A grande mudança proposta pelo projeto está atrelada à cobrança para remunerar as distribuidoras. Até então, os sistemas solares usavam a concessionária local como armazenamento e não precisavam pagar nada de subsídios para isso. Essa energia estocada, no entanto, passou a ser cobrada a partir de 6 de janeiro de 2023. “Anteriormente, 100% da energia solar injetada na rede era compensada como crédito. Hoje, não é mais assim. O cliente tem retorno de 72%. Mas essa mudança será feita de forma gradativa. Ao longo de oito anos, aproximadamente, os usuários vão deixar de compensar integralmente a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUST), até que ela chegue na casa de 28%”, explica Rodolfo Meyer, fundador e CEO da Portal Solar. A alteração surgiu para, de alguma forma, balancear os gastos das distribuidoras. “As concessionárias precisam investir no sistema para mantê-lo funcionando. Mas elas não estavam sendo remuneradas para isso. Sem contar que as novas regras servem para que esses custos não sejam repassados para todo mundo de forma integral”, afirma Raphael Pintão, sócio-fundador da NeoSolar. É válido destacar que quem construiu uma usina fotovoltaica até 6 de janeiro de 2023 não precisará arcar com tais custos até 2045. Kim, da Evolua Energia, lembra que os painéis fotovoltaicos têm papel importante na redução do uso de usinas poluentes – como as que queimam combustíveis fósseis Crédito:SidneyOkiyama
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