Locaweb Edição 130

// revista locaweb @revistalocaweb 36 // reportagem / energia solar Essa alta demanda é reflexo de uma tendência observada no mundo todo: a busca por alternativas aos combustíveis fósseis. Isso se dá pelo fato de que eles são super poluentes, além de figurar entre os principais agentes do efeito estufa e do aquecimento global. Somado a isso, ao concentrar a maior parte da infraestrutura nas hidrelétricas, existe o risco de sobrecarga – sem contar que a falta de chuva impede o funcionamento pleno e aumenta as chances de apagões. De olho nesse cenário, a Absolar prevê que os investimentos no setor devem atingir cerca de R$ 50 bilhões em 2023. A projeção é baseada no volume de construções de novas usinas de grande porte e, principalmente, em pequenos sistemas domésticos e comerciais, incluindo os implementados pelas pequenas e médias empresas (PMEs). Panorama geral De forma resumida, a energia fotovoltaica é a transformação da luz solar em eletricidade. Na prática, as placas absorvem o calor – processo que ocorre mesmo em dias mais nublados, embora a quantidade de irradiação seja menor e, consequentemente, a geração de rede também – e enviam essa carga para um inversor, que vai transformar a corrente contínua em alternada, para ser usada instantaneamente pelo usuário. A crescente adoção dessa fonte se dá por dois grandes motivos. Em primeiro lugar está o fator sustentabilidade, uma vez que a energia solar é limpa e renovável. “Gosto de deixar bem claro que a rede fotovoltaica tem impacto ambiental próximo a zero, além de ajudar na descarbonização como pouquíssimas outras fontes conseguem fazer, pois é menos intensiva que as hidrelétricas e até mesmo que a energia eólica”, explica Rodolfo Meyer, fundador e CEO da Portal Solar. O segundo ponto está atrelado às questões financeiras. De acordo com estimativa da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), residências, comércios, indústrias e propriedades rurais podem obter até 95% de redução na conta de luz com a instalação de sistemas fotovoltaicos em telhados e pequenos terrenos. “A grande diferença é que você mesmo está gerando energia. Logo, não precisa cuidar de todos os impostos, encargos e lucros que precisam ser cobrados pela distribuidora”, diz Raphael Pintão, sócio- fundador da NeoSolar. Raphael, da NeoSolar, aponta que a geração própria de energia reduz impostos, encargos e outras taxas que precisam ser cobradas pelas distribuidoras

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