Locaweb Edição 130

// revista locaweb 31 // capa / liderança feminina anos, Claudia acredita que muitas pessoas não entendem a maneira como as mulheres pensam e agem nessa função – em parte pelo fato desse grupo ter um lado mais empático e humanizado. “Entretanto, não acredito que exista jeito certo ou errado de liderar, e sim modos diferentes.” Mesmo assim, ela destaca que alguns estilos de liderança feminina ainda são vistos como não profissionais pelos homens. “Com isso, temos várias mulheres mudando seu estilo para se encaixar no "padrão". E se surge uma delas que seja um pouco mais autêntica, ela é repreendida”, conta. “Em contrapartida, se olharmos as startups lideradas por mulheres, elas tendem a ter desempenhos muito melhores, justamente por conta dessa característica mais humana.” Independentemente do segmento, o que importa de verdade são as pessoas com as quais você vai trabalhar. “Muitas vezes, nós focamos a vaga e esquecemos que o que vai fazer da vida o paraíso ou o inferno é se vamos conseguir cultivar conexões reais com os envolvidos nessa dinâmica”, frisa Claudia. Segundo ela, essa é a capacidade que determina se o time apoiará e acatará as ideias da liderança. Por isso, o principal conselho da especialista é: vá além do cargo. “A ideia aqui é que você busque a posição desejada, mas que tenha inteligência e discernimento para reconhecer o momento de parar de perseguir um título e pensar em trabalhar com pessoas. Isso a fará performar melhor e ser mais feliz.” que os colaboradores não sabem e entenda as razões pelas quais a equipe está enfrentando determinados bloqueios – podendo, dessa forma, pensar em alternativas. “Essa é a figura da liderança. É a pessoa que, às vezes, tem habilidades que o time não tem, em termos de comunicação e negociação, ou que enxerga um contexto um pouco maior. A partir disso, ela ajudará o funcionário a não perder tempo com tarefas que não são relevantes, permitindo que toda a equipe seja mais eficiente”, conta. Segundo a executiva, esse papel começa logo no momento de recrutar, ao pensar em quem precisa no time, como atrair essas pessoas e qual é a melhor maneira de recrutá-las. O trabalho segue com a missão de permitir que elas continuem evoluindo e que você seja capaz de retê-las. “E a retenção está diretamente relacionada com a capacidade de conseguir falar abertamente com o funcionário. Assim, ele pode focar no que sabe fazer bem, talvez até melhor do que eu. A gente se complementa dessa maneira”, diz Claudia. Respeite quem você é Em posição de liderança no ramo de tecnologia há vários de negócios de elétricos e média tensão. Depois, voltou para a Europa para fazer estratégia e desenvolvimento de produtos para a indústria eólica da Siemens. Ao final do programa, Claudia assumiu a posição de gerente de vendas regional para a parte de automação rodoviária. Pouco tempo depois, tornou-se presidente da Siemens em Oman, na Ásia. Atualmente, é head of Executive Office and Transformation da unidade de negócios de controle e automação na Alemanha. Ao longo de 10 anos de atuação na Siemens, Claudia conta que sempre buscou muito conhecimento a respeito das áreas pelas quais passou. Seu objetivo era ter uma visão holística de tudo – e, dessa maneira, ser capaz de fazer comentários pertinentes e agregadores nas reuniões. À disposição “Tenho uma visão muito eclética sobre liderança. Para mim, ser líder é trabalhar com o time, é pensar o que cada pessoa está fazendo e como posso ajudar”, destaca Claudia. Ela conta que é comum que a figura do chefe tenha melhores conexões com outros departamentos, saiba de fatos

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