Locaweb Edição 130

20 // opinião // revista locaweb @revistalocaweb ELOISA CHAVES ANALISTA SÊNIOR DE INCLUSÃO & DIVERSIDADE NA LOCAWEB COMPANY /eloisa-chaves-5aaa6387 M ulheres como Jean Sammet (a primeira PhD em Ciências da Computação e responsável por criar uma das primeiras linguagens da computação), Margareth Hamilton (ninguém menos que a desenvolvedora do programa de voo usado no projeto Apollo 11, que impedia que o pouso fosse abortado por falha humana) e Dorothy Vaughan (que, com 28 anos de carreira na NASA, se tornou a primeira supervisora negra e chefe de um grupo de mulheres negras e matemáticas) fizeram muita história no ramo da tecnologia, e, hoje, servem de inspiração para muita gente. Além desses ícones, o que você imagina quando dizem que “a pessoa” é programador? “Ah, ele certamente é tímido, bebe café o dia inteiro, introspectivo, tem poucos amigos, usa óculos ...”. Sim, o estereótipo é a primeira coisa que vem a cabeça, mas até esse perfil não se encaixa na maioria dos casos. Onde quero chegar com isso? Estamos condicionados a pensar que há um perfil predefinido de profissionais como os programadores, no qual a mulher não se encaixa. Segundo uma pesquisa realizada pela KPMG em parceria com Harvey Nash, 16% dos empregos de alta tecnologia na América Latina são ocupados por mulheres. Já a média mundial é de 11%. E por que isso? Porque muitas vezes somos condicionadas a achar que apenas homens podem atuar nessa área ou que é um campo muito difícil de aprender. Sim, realmente, programação não é a coisa mais simples do mundo, mas assim como tantas outras profissões, não é impossível. Há pouquíssimas mulheres no setor de TI e, por algum motivo, esse número cresce lentamente. Então, procurei analisar os principais fatores que levam a isso. A falta de representatividade é um dos grandes problemas encontrados. Nas salas de aula, o problema é o mesmo. Presentes em um número muito baixo – às vezes somos a única –, nos sentimos reprimidas e pouco representadas, de certa forma. Portanto, se você é mulher e curte programação, vai encontrar muitos obstáculos pela frente, mas nada que torne o sonho impossível. É necessário muito empoderamento para mostrar que o cenário deve ser diferente, que você pode contribuir e que tem capacidade. Caso precise de ajuda, procure outras desenvolvedoras, pesquise a respeito de mulheres que fizeram a diferença e não desista. Juntas, podemos mudar esse cenário e estabelecer a igualdade. Ah, posso te contar uma coisa? As empresas querem mulheres atuando nessa área, sim. Isso porque a mistura de gêneros traz várias formas e visões diferentes para solucionar o mesmo problema. A pessoa que estuda e se dedica à profissão tem o mesmo espaço e direito que qualquer um. A mulher, assim como o homem, tem diversas maneiras de enxergar uma solução para o mesmo problema – isso é, podem se complementar e coexistir. A tecnologia é uma área muito mágica para ter espaço para apenas um gênero. Se você é mulher e curte programação, por que não investir na carreira? Por que se condicionar a pensar que esse não é um lugar para você? Assim como ocorreu com Jean Sammet, Margareth e Dorothy, essa é sua chance de fazer história – e, quem sabe, ela pode começar aqui, na Locaweb. Precisamos falar sobre a representatividade das mulheres na tecnologia

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