Locaweb Edição 118
34 // reportagem / vídeos curtos // revista locaweb @revistalocaweb Segundo Daniel, professor de audiovisual, na hora de produzir vídeos é fundamental estar atento ao perfil do público-alvo, a fim de adequar o tipo de conteúdo Para muitos especialistas, esse comportamento culminou em um novo estilo de vida, no qual as pessoas são mais dispersas e vivem em busca de imediatismo. Dessa forma, quem quiser atraí-las em meio à oferta cada vez maior de conteúdo na internet deve otimizar o tempo gasto pelo usuário em frente à tela. E uma das formas de fazer isso com sucesso é apostar em vídeos curtos, que consigam sintetizar ideias e conquistar a atenção nos primeiros segundos. “A primeira vez que ouvimos falar em vídeos curtos se deu por volta de 2013, com a plataforma Vine, que permitia publicar conteúdos com duração máxima de míseros 6 segundos”, relembra o professor de audiovisual Daniel Marvel. O aplicativo chegou a apresentar o maior crescimento do mundo, mas fechou as portas em apenas três anos. Ainda assim, deixou um forte legado. Snapchat, TikTok e Kwai, além das ferramentas Reels, do Instagram, e Shorts, no YouTube, se tornaram mais relevantes para a audiência do que o próprio Vine jamais foi. Tanto é que, diferentemente do que ocorreu com a solução pioneira, elas entraram no radar de empresas dos mais variados portes. Hoje, 81% das companhias ao redor do mundo usam vídeos curtos em suas estratégias de marketing, de acordo com o software HubSpot. No Brasil, o movimento é igualmente intenso. Após democratizarem a produção e revelarem-se uma ótima ferramenta de mídia, os vídeos curtos vêm sendo cada vez mais usados por marcas de diversos setores, inclusive pequenas e médias, que podem aproveitar a estratégia para gerar conteúdo e aumentar as vendas. Principais consumidores Antes de investir em vídeos curtos, é importante conhecer quem consome esse tipo de conteúdo. De forma geral, a geração Z é a principal propagadora. Afinal, esse é o grupo de indivíduos que mais gasta tempo online. Enquanto a população em geral navega, em média, cerca de 5h26min por dia, as pessoas com até 25 anos passam 6h45min na web. Os dados são da Kantar IBOPE Media, empresa de inteligência de mídia. “Fazendo uma análise, a geração Z tem hábitos que questionam os métodos tradicionais de ensino, defendendo a ideia de aprender um pouco de tudo ao apenas assistir a vídeos de menos de 60 segundos. Não é à toa que, antes da compra do TikTok pela ByteDance, em 2018, o aplicativo de vídeos verticais chamava-se musical.ly e tinha como principal faixa etária usuários de 9 a 13 anos”, recorda Luiz Menezes, fundador da Trope.se, aceleradora de influência da geração Z. Para o especialista, as marcas que têm esse grupo como público-alvo precisam trabalhar com vídeos curtos, a fim de estreitar o relacionamento. “Mais do que fazer conteúdo, no entanto, é necessário trazer esses jovens para uma
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