Locaweb Edição 118
27 // capa / as donas do negócio // revista locaweb Alimentação saudável Emmeio ao dia a dia de cozinha, entregas e gestão do negócio, parte do sucesso da Free Soul Food se deve à habilidade da mãe e da filha na hora de fechar boas parcerias para divulgar a empresa. "Fizemos diversas ações no bairro e, depois, contratamos uma vendedora que levava degustação do cardápio a vários lugares. Foi assim que começamos a ficar conhecidas", lembra Maíra. O negócio ia bem (com mais de mil avaliações positivas em um grande aplicativo de delivery de comida), até que começou a surgir uma demanda espontânea para eventos. Fizeram um primeiro teste, viram a chance de crescer e adaptaram a produção. "A partir daí, a Free Soul Food mudou muitas vezes, mas sempre porque esteve atenta ao que o cliente e o mercado traziam de retorno", conta Maíra. Com uma cozinha industrial centralizada e certificada, a empresa faz eventos em formatos variados. Atualmente, tem como um de seus principais clientes o Museu de Arte de São Paulo (MASP), que contrata o serviço de buffet para os camarins. Há, ainda, coffee breaks para cursos e palestras e uma versão dessa experiência, entregue na caixa – desenvolvida durante a pandemia, para eventos online. Isso sem contar a Cesta Inclusiva (com produtos pré- prontos para quem não tem o hábito de cozinhar em casa) e o atendimento de alimentação em escolas de São Paulo. Na ponta do lápis Mais do que vender alimentos saudáveis, a Free Soul Food atua com um propósito social muito forte. "Pensamos demais na cadeia feminina, em dar oportunidade para pessoas que não são vistas pela sociedade, como as mulheres, especialmente as negras e imigrantes", destaca Maíra. A empresa também foca os pequenos produtores de sítios orgânicos e agroecológicos, além de trabalhar com a horta urbana Prato Verde Sustentável – organização de impacto ambiental de São Paulo. De quebra, desde que iniciou a compra de parte da produção de nanoempreendedoras e parceiros sociais, o negócio contribuiu para que a renda dessas pessoas aumentasse em 2.500%. "Esse trabalho fez com que recebêssemos, por dois anos seguidos, o selo de Direitos Humanos e Diversidade da Prefeitura de São Paulo”, conta Janete. Maíra diz, porém, que é importante ter sempre emmente o caráter empreendedor do negócio. "Por isso, nos dedicamos a ter uma empresa que não só proporcione transformação social, mas que também gere renda", destaca a fundadora. E quando o assunto é faturamento, os números da Free Soul Food vão muito bem: dobraram entre o primeiro e o segundo ano e triplicaram no terceiro. "Minha dica para quem quer começar a empreender é colocar tudo no papel. Às vezes, as pessoas não dão importância para o plano de negócios", diz Maíra. Por outro lado, ela lembra que nem sempre as coisas sairão como esperado. "Como o universo empreendedor é muito volátil e cheio de imprevistos, planejar fará com que você construa a resiliência necessária para superar os desafios”. Janete da Costa (à esquerda) e Maíra não tiverammedo de mudar os planos até encontrar o melhor modelo de negócio Gislaine Miyono
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