26 // capa / a nova era dos dados // revistalocaweb @revistalocaweb É válido destacar ainda que a nova versão visa ser mais rentável para o Google. A opção gratuita do Universal Analytics permite um consumo de 10 milhões de interações mensais, o que é suficiente para a maioria dos usuários. Sendo assim, a empresa só fatura com a pequena parcela das big companies que contrata o Analytics 360 – que dá direito a analisar 140 milhões de interações. “No GA4, o Google impõe certos limites que impossibilitam um trabalho mais aprofundado. Alguns relatórios também passam a ser baseados em amostras e não mais em informações fidedignas. Tudo isso tem o intuito de fazer com que as pessoas busquem os produtos pagos da empresa – situação que tem desagradado os usuários”, pontua Gustavo. Com isso, no novo produto o usuário não enxerga o todo, mas uma fatia de sua audiência. Situação que pode induzir a conclusões equivocadas. Se não configurado corretamente, um relatório pode acabar expondo somente a quantidade de usuários que realizaram determinada ação, por exemplo. Isso faria com que a taxa de conversão fosse às alturas. No entanto, não condiz com a realidade, pois o correto é considerar todos os visitantes, e não somente os que converteram. Principal mudança Uma vez entendidos os motivos que levaram o Versão beta? Embora o Google Analytics 4 esteja no ar desde 2020, especialistas entrevistados pela Revista Locaweb acreditam que a ferramenta está em fase beta. Isso porque ainda apresenta uma série de inconsistências. “O Google não admite, mas já encontrei diferenças gritantes de valores em campanhas dos meus clientes”, dispara Eleonora Diniz, consultora de analytics, SEO e treinamento in company. “Isso sem contar que estou na terceira turma do curso e toda hora preciso ajustar as capturas de tela, pois sempre há funcionalidades novas, relatórios que mudaram de lugar, entre outras alterações”, completa. Dessa maneira, a especialista vê o GA4 como uma espécie de resumo do Universal Analytics, e acredita que ainda há funcionalidades para serem liberadas. “Acompanho profissionais nos Estados Unidos e na Europa e vejo que as ferramentas deles estão mais adiantadas do que a nossa. Prova disso é que houve o comentário de que a polêmica ‘Taxa de Rejeição’ iria deixar de existir, mas nesses locais ela continua em vigor. Então, se você acha que escapou de alguma métrica, talvez não tenha se livrado”, alerta.
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