Locaweb Edição 132
13 // entrevista // revista locaweb dia, é uma ação totalmente inconsequente. Muitos caminhos já foram percorridos e tantos dados foram acumulado; é preciso trabalhar com análises qualificadas e automatizadas para usufruir ao máximo dessa era da informação. Até 2025, queremos continuar promovendo essa cultura analítica, preparar uma próxima geração de pessoas para lidar com todos esses recursos disponíveis e ajudar a moldar os caminhos para organizações e profissionais lidarem com dados. De quais maneiras o instituto caminha para tornar-se referência global em estudo e ensino de cultura analítica? Diferentemente dos profundos estudos acadêmicos, dos complexos laboratórios científicos e dos profissionais hiper-especializados, nossa relação é com a cultura analítica. Nós nos concentramos menos nas características técnico- científicas e mais na relação e no impacto que esses artefatos têm na humanidade. Nossa contribuição é através da concepção e gestão de laboratórios de vivência da cultura analítica, que possibilitam rápidas experimentações e constante adaptação de contextos – além do aprimoramento de habilidades para que as pessoas lidem com os fluxos informacionais potencializados pela tecnologia. Qual é o impacto da análise de dados no desenvolvimento da sociedade e das organizações? A cultura analítica será algo nativo tanto na sociedade quanto nos ambientes profissionais. Assim como a transformação digital afetou o mundo, a revolução analítica precisa ser traduzida para que mais pessoas usufruam das oportunidades que isso representa. A análise de dados, como uma habilidade analítica fundamental, muda o jeito de compreender a realidade, já que o julgamento passa a ser baseado em evidências, potencializando a tomada de decisão. Somados a isso, temos os recursos tecnológicos que possibilitam a experimentação de hipóteses e a mensuração de elementos relevantes. Indivíduos, empresas e governos que não utilizem o potencial da inteligência analítica sempre navegarão no incerto, já que não têm as bases de conhecimento e o poder computacional para analisar aquilo que funcionou ou falhou. A democratização das habilidades analíticas é uma maneira de expandir o potencial humano. A partir disso, todos os indivíduos tornam-se analistas de dados, sejam esses dados a respeito da saúde e do trabalho, sejam de qualquer outra fonte de informação relevante para eles. O que podemos esperar do futuro analítico? Sempre digo que se o presente é digital, é inevitável que o futuro seja analítico. Afinal, cada vez mais teremos novos dados e recursos – que exigirão mais habilidades para lidar com informação. Por isso, destaco alguns pontos que nos chamam atenção nesse futuro analítico. O primeiro é o self-analytics, no qual todos os indivíduos tornam-se analistas de dados, pois possuem acesso a fontes e recursos. Temos também o Al-driven, em que a próxima geração será orientada por Inteligência Artificial (IA); a ciência de negócios, por meio de laboratórios em que os recursos são os dados das organizações, e os experimentos são as análises; e as inforganizações ou empresas orientadas por fluxos de informação e sistemas inteligentes, como algoritmos e IA. Por fim, a tendência mostra o uso de dados como moeda. Nessa dinâmica, a transação do valor de um dado torna-se um sistema econômico independente. Já vemos esse movimento com as criptomoedas e o blockchain, por exemplo – mas isso é apenas o começo da transformação de todo o sistema econômico mundial. A análise de dados, como habilidade fundamental, muda o jeito de compreender a realidade, já que o julgamento passa a ser baseado em evidências ''
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