Locaweb Edição 131
13 // entrevista // revista locaweb E em relação às estratégias de Search Engine Optimization (SEO)? Se o usuário oferecer um bom contexto de seu objetivo à plataforma, além de sugerir boas práticas de SEO, ela pode revelar quais são as melhores palavras-chaves para situações muito específicas. Mais do que isso, ela também dá sugestões de imagens e backlinks para aumentar o tráfego no site. Quais são as limitações do ChatGPT? Ele tem dois tipos de limitação: as técnicas e as definidas pela OpenAI. As primeiras restringem as respostas de acordo com as informações que alimentam o chatbot – a base principal tem dados até 2021, mas, com o tempo, ela vem integrando novas informações. Além disso, o ChatGPT não lida muito bem com perguntas ambíguas e respostas questionáveis. Já o segundo tipo de limitação envolve a ética da desenvolvedora. Perguntas relacionadas a atos de bullying, discriminação e crimes são contornadas ou não são respondidas. Esse é um ponto bastante positivo, pois muitas empresas que fornecem plataformas de inteligência artificial têm essa preocupação. Por que a IA tem levantado tantos debates éticos? Inteligências artificiais e agregadores de busca são abastecidos por pessoas, e nem sempre elas pensam de forma ética. Pedir para uma IA mostrar a foto de uma pessoa bonita, por exemplo, pode gerar um problema gigantesco. Quem define se alguém é bonito ou feio, afinal? Perguntas sobre religião, ideologia e etnia também são grande fonte de controvérsia. Já outro debate ético comum considera o uso do ChatGPT no dia a dia. Dada a sofisticação dos resultados, é difícil determinar se uma resposta, imagem, música ou mesmo um vídeo foram feitos por um humano ou uma IA. Isso pode se tornar um grande problema quando se fala em educação, direitos autorais, fraude, disseminação de notícias falsas, e responsabilização pelo uso ou mau uso do conteúdo. Por isso, a própria OpenAI está trabalhando em uma ferramenta para resolver esse tipo de cenário. A ideia é que ela marque digitalmente seus sistemas de geração de texto, com o objetivo de combater situações de plágio acadêmico e spam. A OpenIA anunciou o ChatGPT Plus, modalidade paga que vai oferecer benefícios exclusivos. Com isso, é possível que a versão gratuita deixe de existir? Em seu site, a desenvolvedora declara que sua missão é garantir que a inteligência artificial beneficie toda a humanidade. Por isso, acredito que a versão gratuita continuará existindo, para atender a demanda de quem fizer uso esporádico. Ela também vai servir como ponto de partida – em um modelo try and buy (teste e compre) – para quem deseje usar a IA profissionalmente. Além disso, dado o sucesso e a rapidez com a qual atingiu milhões de utilizadores, a base de assinantes por si só já é um ativo precioso para a desenvolvedora. Quais são as expectativas para o futuro do ChatGPT? Muita evolução e concorrência. Evolução porque a versão atual por trás do ChatGPT (o Generative Pre- trained Transformer 4) é um modelo de linguagem ajustado com técnicas de aprendizado supervisionado e por reforço. Isso quer dizer que ele vem sendo ajustado e, com os investimentos recentes – como os US$ 10 bilhões aportados pela Microsoft –, terá fôlego para novas contratações, pesquisas e parcerias. Sendo assim, é natural que surjam plataformas concorrentes. O Bard, da Google, já está funcionando nos EUA e no Reino Unido – enquanto outros países aguardam para usa-lo via VPN. Há também nomes como ChatSonic, Jasper e Replika, que têm ganhado espaço no mercado. Dada a sofisticação dos resultados, é difícil determinar se uma resposta, imagem, música ou mesmo um vídeo foram feitos por um humano ou uma IA ''
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