Locaweb Edição 129
// revista locaweb 35 // reportagem / dark stores No Brasil, a tendência foi adotada pelas companhias a partir de 2019. Porém, foi com a pandemia de covid-19 que ela ganhou notoriedade, uma vez que o período impulsionou o empreendedorismo digital. De acordo com a pesquisa "Panorama de Negócios Digitais Brasil 2020", feita pela plataforma HeroSpark, 54% das pessoas começaram seus negócios virtuais durante a crise sanitária. Na prática, esse modelo mais moderno não difere muito de um centro de distribuição tradicional. Os clientes fazem o pedido na loja virtual, os itens são separados e embalados por funcionários e, em seguida, ficam disponíveis para ser entregues por uma equipe própria ou empresa especializada em logística. O grande diferencial, por sua vez, é que as Dark Stores estão mais próximas dos clientes finais, bem como podem ser abertas em espaços menores e estar espalhadas em bairros estratégicos. O objetivo é que o modelo resolva uma dor comum entre as empresas, que é a atuação na chamada “last mile” – a última milha do processo logístico, que pauta a entrega dos produtos aos remetentes. Essa proximidade maior, inclusive, tem como consequência a melhora na experiência do consumidor. “A Dark Store vem para atender a todos os anseios do cliente, que podem envolver preço, facilidade no processo de compra e, claro, entregas dentro do prazo prometido”, afirma Éder, da Melhor Envio. Especialista em varejo e gestão de negócios, Cléber diz que as pequenas empresas da Europa viram na Dark Store uma maneira de ter um negócio bem localizado, mas com custos mais baixos E as Dark Kitchens? As Dark Kitchens surgiram emmeados de 2017, em países como Índia, Inglaterra e Estados Unidos, mas se tornaram um fenômeno mundial durante a pandemia de covid-19. Também conhecidas como Ghost Kitchens, são cozinhas voltadas para o delivery – isto é, sem atendimento local e com pedidos emitidos virtualmente. A grande diferença quando comparadas aos restaurantes tradicionais, por sua vez, são as etapas de finalização e expedição. Em vez de serem servidos aos clientes poucos minutos após a saída da cozinha, os pratos devem se manter fresquinhos durante a espera pelo motoboy e o trajeto até o destino. Para isso, embalagem adequada e tecnologia para monitoramento são elementos-chaves nesse modelo de negócio. A projeção é que o mercado global de Dark Kitchens fature US$ 71 bilhões até 2027. As informações são de um levantamento da Statista, plataforma especializada em dados de mercado e de consumo.
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