Locaweb Edição 128
18 // opinião // revista locaweb @revistalocaweb LILIANE OLIVEIRA ANALISTA DE MARKETING NA LOCAWEB /liliane-gomes-oliveira O primeiro blog foi lançado em 1994. O cientista do MIT Media Lab, Claudio Pinhanez, criou o site “Open Diary”, com o objetivo de compartilhar conteúdo sobre vida, viagens, filmes e hobbies. Mais tarde, já nos anos 2000, os blogs ganharam força em plataformas como o Flogão. Como as redes sociais ainda não existiam, os jovens usavam esse meio para interagir online. Com o passar do tempo, os blogs conquistaram o mercado, trazendo diversos assuntos e linguagens para todos os tipos de público. Isso fez com que eles se tornassem uma forte ferramenta de negócios. Não é necessário ser jornalista por formação para escrever em um blog. Entretanto, é preciso ter habilidade para pesquisar, criar contexto e aprofundá-lo, assim como desenvolver estratégias, a exemplo da criação de personas – que vai muito além de dados demográficos, faixa etária e classe social. Nesse modelo de criação de conteúdo, a intenção é atrair o cliente certo para o produto ou serviço que vai auxiliá-lo na resolução do seu problema. No Inbound Marketing, por sua vez, apenas a atração não é suficiente. Por isso, a jornada de compra faz com que a persona percorra três fases: atração, consideração e decisão – que são constituídas por múltiplas tarefas. E qual é a melhor maneira de criar uma persona? A resposta é: pesquisa! Você pode, por exemplo, usar sua base de clientes para entender como essas pessoas completaram o ciclo de vendas. É muito importante que a persona não seja criada no “achismo”. Quanto mais dados verdadeiros você tiver, melhor serão os seus resultados. E o que compõe uma persona? Por se tratar de um personagem semifictício, as informações geralmente são nome, idade, onde mora, lugares que frequenta, profissão, empresa e segmento em que trabalha, ao que gosta de assistir, hobbies, informações de cotidiano, marcas que usa, canais pelos quais consome conteúdos, e por aí vai. Para contextualizar melhor, cito um exemplo comparando o termo ao conceito de público-alvo. Nessa dinâmica, vamos supor que faremos uma campanha de lançamento de liquidificadores.O público- alvo seria: sexo feminino, faixa etária de 30 a 50 anos e residente em São Paulo. Observe que é um recorte muito amplo, como um tiro no escuro. Teoricamente, funcionaria para atingir grandes massas em um canal offline, como a televisão. Já a persona seria composta da seguinte maneira: Maria, 40 anos, advogada, casada, dois filhos, residente na cidade de São Paulo; usa as redes sociais para interagir com parentes e amigos; gosta de cozinhar aos finais de semana e considera sagrado que o almoço de domingo seja em família. Com a persona definida, será possível criar conteúdos muito mais direcionados – como artigos com receitas para fazer no liquidificador e anúncios do produto nas redes sociais que ela acessa. A verdade é que existe uma infinidade de estratégias capazes de captar a atenção da Maria e impactá-la, fazendo com que se torne um lead qualificado e uma cliente no futuro. Tudo isso não é tão simples quanto falam por aí. Por outro lado, depois que você passa a direcionar a estratégia de conteúdo para a persona, os resultados aparecem! Então, comece já! As personas na estratégia de conteúdo
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