Locaweb Edição 126

// revista locaweb 39 // reportagem / projeções para 2023 Mercado profissional BOLHA DA TECNOLOGIA INCENTIVA NOVOS TIPOS DE FORMAÇÃO ACADÊMICA E O SURGIMENTO DE FERRAMENTAS LOW-CODE O s profissionais de tecnologia, como desenvolvedores, cientistas de dados e engenheiros de software, ganharam novo protagonismo no mercado de trabalho após a pandemia de covid-19. A questão, contudo, é que a categoria não está dando conta da demanda. Estima-se que o déficit de especialistas no Brasil chegue a 797 mil até 2025, segundo dados da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom). Para Paulo Kendzerski, presidente do Instituto da Transformação Digital (ITD), o maior motivo para haver essa lacuna é que as inovações tecnológicas têm sido mais rápidas do que a formação dos profissionais. “É necessária uma mudança no modelo educacional para formar pessoas emmenor tempo, como aconteceu nos ensinos chinês e indiano, que adotaram cursos de dois anos de duração”, ressalta. Uma das iniciativas privadas que já olham nesse sentido é a dos Certificados Profissionais do Google. A plataforma oferece cursos online de seis meses nas seguintes carreiras: Suporte em TI, UX Design, Gerenciamento de Projetos e Análise de Dados. Para aproveitá-los, basta ter uma assinatura no Coursera – que custa US$ 14 (cerca de R$ 75) por mês. Saiba mais em http://lwgo.to/1ou. Outra grande tendência são as chamadas ferramentas low-code. Com elas, em vez de depender de profissionais de tecnologia, os empreendedores podem, sozinhos, criar sites, aplicativos e até mesmo chatbots de maneira simplificada, sem a necessidade de saber programação. “E já existem plataformas no Brasil que oferecem isso”, lembra Paulo. A própria Locaweb, por exemplo, conta com opções para quem quer montar uma página web ou um e-commerce. Com essas iniciativas, os especialistas entrevistados pela Revista Locaweb acreditam que a bolha dos profissionais vai dar uma leve murchada em 2023, mas ainda continuará em vigor. O gap deve começar a melhorar nos próximos anos. Paulo, do ITD, sugere a mudança no modelo educacional como uma solução para formar bons profissionais emmenos tempo

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