Locaweb Edição 122

31 // capa / inspiração jovem // revista locaweb viabilizar o negócio. Hoje, grandes empresas financiam projetos para que o Aqualuz chegue às famílias das comunidades em torno de seus empreendimentos. Atualmente, mais de 15 mil pessoas já foram beneficiadas com as soluções da SDW em 15 estados. Além do Aqualuz, a startup é responsável pelas tecnologias Sanuseco (banheiro sustentável sem necessidade de descarga) e Sanuplant (tratamento de água por meio de plantas), além de duas soluções que serão lançadas em breve, também como alternativas para o tratamento de água. Até 2024, o plano é transformar a startup em referência internacional de soluções sociais para transformação sustentável de comunidades. E se levar em conta todos os esforços de Anna até agora, o futuro parece mais do que brilhante. Durante a jornada, Anna sofreu bastante com a falta de confiança por parte de executivos e instituições, justamente pelo fato de ela ser uma empreendedora muito jovem. “Mas eu fui me provando para o mercado, principalmente por meio de acelerações e premiações que deram fôlego para validar o produto e construir um background de conhecimento de negócio para enfrentar o preconceito”, conta. Modelo ideal Em 2019, com o reconhecimento internacional que recebeu após ganhar o prêmio Jovens Campeões da Terra – a principal iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) –, a SDW começou a chamar atenção. Foi assim que a startup conheceu o modelo de responsabilidade corporativa, escolhido para contexto brasileiro. Não demorou muito para descobrir uma metodologia prática e que exigia, basicamente, a luz do sol. Foi assim que, dentre várias tentativas de viabilizar o conceito, nasceu a ideia do Aqualuz, uma tecnologia simples, mas durável, para o tratamento de água por meio da luz solar. O protótipo não ganhou o Prêmio Jovem Cientista, mas Anna já estava tão apaixonada pelo potencial da solução que decidiu investir em seu desenvolvimento. No começo, tudo era muito baseado em teoria, já que a empreendedora não tinha acesso a laboratórios para fazer testes. O cenário mudou quando ela foi conhecer de perto as famílias que sofrem com a falta de água potável. Nessa oportunidade, entendeu o contexto das chamadas cisternas, muito usadas em regiões áridas e semiáridas do Brasil, e adequou o Aqualuz para funcionar por meio da água da chuva captada e armazenada nesses sistemas. Não desista Aos 17 anos, Anna chegou à universidade frustrada por não ter conseguido suporte para o lançamento do produto. Incentivada por um professor, criou uma startup de impacto social, a Sustainable Development & Water for All (SDW), para colocar o Aqualuz no mercado por conta própria. "Só que as coisas não aconteceram de maneira tão rápida como eu imaginava. Foram vários anos moldando- me como empreendedora para gerar um negócio viável e com potencial de sustentabilidade financeira”, destaca. Aqualuz chega às famílias nordestinas por meio da parceria com empresas que atuam no entorno das comunidades

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