Locaweb Edição 119
31 // reportagem / como abrir sua empresa do zero // revista locaweb e realizar transações financeiras. Só assim o mercado vai saber que seu negócio existe. Em seguida, busque opções de crédito mais baratas e que caibam no pagamento do seu fluxo de caixa. Nesse contexto, vale até um cartão de crédito para iniciar a reputação. Opções no mercado Hoje, o empreendedor tem à disposição caminhos distintos para conseguir crédito logo após abrir um negócio. É o caso das linhas oferecidas pelo governo, por bancos públicos e privados e por fintechs, a exemplo da Credisfera, que tem planos vantajosos para pequenas e médias empresas. Independentemente do contexto, a dica de ouro não é optar pelo capital de giro, que serve para rodar a operação. Em vez disso, o ideal é buscar um financiamento de longo prazo. “Esse tipo de investimento pode ser usado para financiar a obra em si e toda a infraestrutura da empresa, incluindo mesas e computadores. É ideal para quem está começando, pois, geralmente, tem taxas de juros mais baixas e prazos de pagamento mais longos”, aponta Ana Paula Alves Shuay, superintendente de negócios do setor privado no programa público Desenvolve SP. Com isso em mente, chega o momento de pensar em quanto crédito pedir. Como a empresa não tem um histórico no mercado, ou seja, não há números para fazer uma análise financeira, o empreendedor tem de mostrar exatamente qual é o custo que terá com a abertura e qual é a expectativa de receita com a venda do produto ou serviço. “A partir desses dados, fazemos uma projeção de quanto o negócio vai arrecadar nos próximos anos e quanto pode pegar de empréstimo”, conta a profissional. De maneira geral, para não se enrolar, existe uma fórmula que serve para calcular o máximo de dívida que uma empresa pode acumular. Funciona da seguinte forma: o déficit da companhia nos próximos 12 meses deve corresponder a um ou dois meses de faturamento. Logo, um negócio que fatura R$ 10 mil por mês não pode pagar mais de R$ 20 mil. Isso porque, raramente, ele vai ter capacidade para quitar quantias maiores. Nome sujo O empreendedor que está negativado em algum órgão de proteção ao crédito, como Serasa e SPC Brasil, pode ter dificuldades para conseguir empréstimo para sua empresa. Isso porque existem instituições que são mais restritivas e não emprestam dinheiro para companhias que tenham sócios com o nome sujo. Outras são mais flexíveis, mas cobram caro por isso. Aqui, a dica é não ter credores. Quem tem um negócio precisa entender que o nome sujo vai atrapalhar a concessão do crédito em algummomento. Sendo assim, especialistas recomendam renegociar a dívida, de preferência, com o maior prazo possível, para que você consiga, de fato, pagá-la e sair da negativação.
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