Locaweb Edição 116

10 // entrevista // revista locaweb @revistalocaweb aprender com Olivetto quando se trata de conceitos como atrair o público da forma correta e motivar os colaboradores, ainda mais em um universo em constante evolução, como R GLJLWDO &RQȴUD DOJXQV GHVVHV valiosos ensinamentos. O que faz uma propaganda ser atraente? Existem dicas para uma empresa se destacar com o conteúdo midiático, independentemente do porte? Publicidade atraente é aquela que surpreende e respeita a inteligência do consumidor. Mais do que vender o produto, ela deve acrescentar algo de bom à vida das pessoas. Pode ser até mesmo um simples sorriso no rosto. [As empresas que desejam se destacar nesse meio] precisam pensar em uma propaganda que passe a sensação de que só aquele item poderia produzir o impacto proposto. É como se o anúncio nem tivesse um autor. O próprio serviço gerou aquilo e está se comunicando com a audiência. Existe uma forma de as pequenas e médias empresas criarem campanhas do nível daquelas das grandes corporações, que WUDQVPLWDP FRQȴDQ©D DR consumidor, mas sem fazer grandes investimentos que comprometam o orçamento? Sim. A chave está no talento, na criatividade e na pertinência – características que uma PME pode adquirir por PHLR GH LQ¼PHURV SURȴVVLRQDLV freelancers brilhantes que existem no mercado. O que as pequenas empresas não podem e nem devem fazer, no entanto, é recorrer aos serviços de uma grande agência. Nesses locais, certamente, os custos serão maiores, e a atenção dedicada será menor por causa do porte do cliente. Você se aventurou no empreendedorismo, em 1986, ao ser um dos sócios- fundadores da agência de publicidade W/Brasil (atual WMcCANN). Quais V¥R RV PDLRUHV GHVDȴRV que enfrentou à frente da empresa? Minha agência foi bem-sucedida desde o início porque, quando foi fundada, eu já tinha reputação no mercado para conquistar bons clientes. Fora isso, minha fama atraía RV PHOKRUHV SURȴVVLRQDLV que sonhavam trabalhar lá. De forma geral, nosso maior GHVDȴR IRL VHPSUH PDQWHU RV padrões de excelência criativa e comportamento ético a que nos propusemos desde o início. Não foi algo fácil, mas conseguimos preservá-los na maioria do tempo, com eventuais derrapadas criativas, o que é normal em uma boa agência, mas sem nenhum deslize ético, o que, em minha opinião, é inconcebível. As agências de publicidade são conhecidas pelas longas jornadas de trabalho e pelos horários que fogemda normalidade. É verdade que você distribuía sorvetes para manter os funcionários motivados nos momentos mais difíceis? É verdade. Acredito que, em qualquer empresa, a administração do astral das pessoas é tão importante quanto a organização do caixa. Por isso, a entrega de sorvetes não foi a única ação motivacional que implantamos ao longo dos anos. Havia também, por exemplo, o ciclo de palestras “A Inteligência Deles Pode Melhorar a Nossa”, que, mensalmente, trazia personalidades de atividades fora do nosso setor para conversar com os funcionários. À época, convidamos compositores, fotógrafos, artistas plásticos, esportistas, economistas, chefs de cozinha e diversos outros especialistas. Outra tática era o uso do troféu “Eu Sou Bom Pra &DFHWHȋ GDGR DRV SURȴVVLRQDLV que se destacavam na agência. Hoje, morando em Londres, na Inglaterra, você está afastado da rotina agitada da agência. O que tem feito para preencher esse espaço? 0HXV GHVDȴRV sempre foram e continuam sendo fazer o novo de novo. Neste momento, estou experimentando novos formatos de comunicação. Lancei meu podcast, o W/Cast, que foi bem-sucedido na primeira temporada e contou com convidados especiais na segunda fase, a exemplo de Pedro Bial, Raí e o maestro João Carlos Martins. Também estou escrevendo para o jornal “O Globo”, quinzenalmente às segundas-feiras, e estou ajudando meu amigo Cristovam Buarque em um projeto educacional para o Brasil. Com tantas atividades em andamento, você consegue arranjar tempo para se dedicar a novos projetos de publicidade? Sim. Estou aberto a colaborar com empresas que necessitem de minha experiência como homem de comunicação, que consegue somar planejamento com criação. Porém, nesse caso, preciso de uma coisa além de ser bem remunerado: liberdade de ação.

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