Locaweb Edição 115
61 // case / tropical banana // revista locaweb T iara Kaufmann tinha algumas redes de alimentação em Curitiba (PR), em parceria com seu irmão Bibo, quando viajou para Chicago, nos Estados Unidos, e voltou com uma nova ideia na cabeça: criar um fast food saudável. Assim nasceu, em 2006, a Tropical Banana, loja especializada em sucos e refeições mais leves. A marca conquistou o público aos poucos e chegou a ter mais de 30 lojas espalhadas por Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. No entanto, o core do negócio não estava preparado para acompanhar essa expansão. Isso porque a proposta inicial era que todos os preparos fossem feitos na hora e personalizados de acordo com o gosto do cliente, o que dificultava bastante uma operação em larga escala. Isso sem contar que cada unidade tinha seus próprios fornecedores. Em conjunto com a crise econômica brasileira de 2014, esses detalhes mal resolvidos de planejamento levaram a uma redução drástica no número de lojas, deixando claro que a Tropical Banana precisava se reinventar. Foi aí que Thomas Kaufmann, filho de Tiara, entrou em cena e começou a reverter o jogo em prol da empresa a partir de 2017, tendo o papel de “arrumar a bagunça”, como ele mesmo define. Reforma bem-vinda O principal objetivo de Thomas era reduzir e padronizar os processos dentro da Tropical Banana. Para entender o que deveria ser mantido ou cortado, ele contou com a ajuda do sistema para restaurante e varejo ConnectPlug. Uma das funções da empresa é entregar uma variedade de relatórios com relação às vendas. “Após cadastrar todos os ingredientes usados nos sanduíches, vimos que os clientes podiam criar cerca de 12 mil combinações. A fim de otimizar a compra, usamos os dados do sistema para descobrir as principais escolhas em cada proteína (frango, atum e peito de peru). Assim, criamos opções prontas, que passaram a ser as únicas vendidas no cardápio”, conta o administrador da rede. A mesma estratégia foi usada para os sucos. Antes, o consumidor podia escolher as frutas e a base para fazer a bebida. Os relatórios da ConnectPlug, no entanto, mostraram que 90% do faturamento correspondia a apenas 10 opções. E, entre elas, oito eram feitas apenas com uma fruta. “Tiramos os sucos personalizados do menu e não houve uma única reclamação”, diz Thomas. A nova gestão também acabou com a ideia de cada loja ter um fornecedor próprio. Hoje, a Tropical Banana conta com uma central de 1.800 m². Dali saem os sanduíches prontos, bem como as frutas e polpas congeladas. Apenas a base para os sucos (laranja, leite, água ou caldo de cana) chega in natura. As entregas ocorrem diariamente e tudo funciona muito bem, o que se reflete em todas as pontas do negócio. Próximos passos A Tropical Banana soma nove lojas atualmente na capital paranaense e sua região metropolitana, mas o plano de médio prazo é expandir a rede para outros estados. O modelo de franquia, contudo, será um pouco diferente do adotado em Curitiba. “Não vamos comercializar alimentos nas unidades”, explica Thomas. “A ideia é trabalhar com quiosques de bebidas em shoppings. O projeto já está pronto e, agora, só falta arrumar um lugar para rodar o piloto e arredondarmos as arestas”, completa. Com tudo caminhando em harmonia, a Tropical Banana pretende fechar 2021 com faturamento próximo ao de 2019, mesmo diante do cenário atípico provocado pela pandemia do novo coronavírus. O administrador da rede ressalta, inclusive, que a atual meta da empresa é crescer em volume, e não necessariamente em lucro. “Conseguimos abrir duas novas lojas mesmo com a pandemia. Agora, começamos o projeto de expansão como franquia, tendo foco em uma logística ordenada para impactar todo o Brasil”, aponta Thomas. Abrimos duas novas lojas mesmo com a pandemia. Agora, começamos o projeto de expansão como franquia '' Compartilhe uma foto com a revista usando a hashtag #RevistaLocaweb e conte sua história para a gente; você pode aparecer aqui e nas nossas redes sociais. Thomas Kaufmann, administrador da Tropical Banana
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