Locaweb Edição 115
24 // memória / adobe // revista locaweb criação de logotipos, ilustrações e ícones. Três anos depois, a companhia licenciou um programa de edição de imagens criado pelos irmãos Thomas e John Knoll. Trata-se do Photoshop, que, à época, rodava exclusivamente em dispositivos com sistema operacional Macintosh. Eduardo Jordão, senior channel manager da Adobe Document Cloud no Brasil, conta que o sucesso dessas ferramentas ajudou a preparar o terreno para uma das apostas mais relevantes da Adobe. Em 1994, a empresa desenvolveu um padrão universal para visualização de documentos digitais em todos os sistemas operacionais, chamado Portable Document Format (PDF). “Inicialmente, e estamos falando há mais de 20 anos, as pessoas achavam que o PDF nunca seria um formato aceito ou usado. Hoje, é o padrão mundial de compartilhamento de arquivos”, explica Eduardo. “Graças à sua popularização, a Adobe construiu a área de negócios conhecida como Document Cloud, que hoje abrange outros serviços de documentação digital, como o Adobe Sign, de gestão de fluxo de assinaturas eletrônicas e digitais. Só essa plataforma representa, hoje, US$ 1,68 bilhão da receita anual da companhia”, completa. Pacotes completos No começo dos anos 2000, a empresa tinha tantos programas no portfólio que decidiu lançar o pacote Creative Suite (CS), com vários softwares reunidos em um único produto. “Anos depois, já em 2008, a Adobe foi criticada pelo mercado ao decidir migrar todas as soluções para a nuvem, deixando de comercializar programas em caixinhas de CDs. O modelo de assinatura foi tão bem-sucedido, porém, que não demorou para ser adotado por outras grandes marcas”, destaca Eduardo. Em 2013, o CS foi substituído pelo Creative Cloud (CC), disponível até hoje. O serviço divide espaço com outros dois pacotes de programas: Document Cloud (DC) e Experience Cloud (EC), ambos com soluções específicas para quem trabalha com marketing e insights. Mundo mais digital Para Eduardo, a principal conquista da Adobe ao longo dos anos foi unir tecnologia própria às soluções agregadas ao portfólio de produtos. Com isso, a empresa conseguiu atender às necessidades de pessoas do mundo inteiro e ganhou ainda mais relevância no ramo de tecnologia. Para o futuro, a companhia pretende lançar soluções, principalmente, para a área de Document Cloud no Brasil. “A Adobe tem como objetivo seguir apoiando a transformação digital da ‘porta para dentro’. Isso significa contribuir para a digitalização dos fluxos documentais em instituições, gerando economia de tempo com processos burocráticos e de custos invisíveis, além da redução de riscos de danos e perdas de documentos sensíveis. Essa digitalização de processos documentais também deve proporcionar maior produtividade à equipe e mais facilidades aos consumidores e parceiros das empresas”, aposta Eduardo. Eduardo destaca os desafios enfrentados pela empresa ao ser pioneira em algumas propostas, como a migração das soluções para a nuvem Flash Player Comprado pela Adobe em 2005, o Flash Player não só foi um dos grandes destaques da marca durante anos, mas também gerou polêmica. O plug-in era usado para desenvolver e rodar animações. Boa parte dos joguinhos online e de anúncios disponível na web nos anos 2000, por exemplo, usava a tecnologia. Com o passar dos anos, o Flash Player perdeu força e passou a ser criticado por grandes nomes da tecnologia, como Steve Jobs, que se negava a trabalhar com o software em smartphones. Além disso, a tecnologia começou a ser usada por hackers para aplicar golpes digitais. Em 2017, a Adobe anunciou que o programa seria descontinuado e recomendou que os usuários migrassem seus projetos para ferramentas mais modernas, como HTML5, WebGL e WebAssembly. Nos anos seguintes, a marca intensificou ainda mais sua presença no mundo digital. Além de comprar a desenvolvedora do After Effects, software de pós-produção de vídeo, lançou produtos como o InDesign, específico para diagramação e organização de páginas. As novidades impulsionaram ainda mais os negócios e ajudaram a Adobe a superar, pela primeira vez, a marca de US$ 1 bilhão em receita, em 1999.
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