Locaweb Edição 114
61 // case / accioly // revista locaweb A Accioly é uma distribuidora autorizada da Chevrolet que carrega no porta-malas 70 anos de história. Fundada em 1951 pelo mineiro João Assunção, a empresa é comandada atualmente pela terceira geração da família. Coube a João Assunção Neto, especializado em e-commerce, levar a companhia para o ambiente digital. Formado em Comércio Exterior nos Estados Unidos, o empreendedor não demorou a perceber a importância do comércio eletrônico para os mais variados mercados. Assim, voltou ao Brasil com a certeza de que o negócio familiar tinha potencial para gerar vendas online. A partir daí, mergulhou em um planejamento minucioso, que durou mais de um ano para ser concluído, até que o site do grupo finalmente foi ao ar. Com isso, o público da distribuidora se multiplicou, bem como as formas com que a empresa se relaciona com ele. Desafios do online Em 2016, quando Neto decidiu apostar no e-commerce, a Accioly já era uma empresa consolidada, com nove filiais espalhadas nos estados do Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. A operação online, no entanto, era uma novidade e provocava certa estranheza, principalmente quando o assunto era política de trocas. “A venda de peças de carros é muito técnica. Em nosso balcão, por exemplo, temos uma taxa considerável de devolução. O desafio no ambiente digital era entender como essa dinâmica viria a se dar e se ela poderia impactar a viabilidade da operação. Nosso receio era que um comprador leigo, de um lugar remoto do Brasil, adquirisse a peça errada e nos levasse a arcar com todos os fretes”, lembra Neto, atual head de e-commerce da distribuidora. Para minimizar o erro por parte do cliente e mitigar os gastos com devoluções, a empresa pensou em agregar um filtro ao site. A ideia era que, por meio dele, fosse possível, a partir de um formulário com detalhes do carro, a exemplo de ano e modelo, gerar buscas mais assertivas e de forma automatizada. O desafio é que a Tray, responsável pelo e-commerce da Accioly, não contava até então com um plug-in capaz de realizar esse processo. “Naquele momento, aproveitamos o relacionamento aberto que tínhamos desde o começo e mostramos nossa necessidade ao parceiro. Fomos prontamente atendidos e, por isso, trabalhamos juntos e de forma eficaz até hoje”, aponta Neto. Públicos diferentes Uma vez que o problema do filtro foi resolvido, a Accioly teve de lidar com outra situação: o catálogo gigantesco que oferecia aos consumidores. “Temos mais de 30 mil produtos. Se fôssemos cadastrar todos os itens para depois lançar o site, perderíamos anos. Isso sem contar que o setor automotivo se renova com frequência. Ou seja, é um trabalho sem fim”, diz Neto. A solução encontrada foi liberar o e-commerce apenas com as peças que tinham maior giro nas lojas físicas. De forma geral, foram incorporados ao ambiente digital itens mais básicos, como embreagem, óleo e filtro. No entanto, dois anos depois, quando todos os produtos finalmente foram adicionados, notou-se que a demanda online era diferente: mercadorias específicas, como motores, revelaram-se campeãs de vendas. “Descobrimos com o tempo que nosso público digital é composto, principalmente, por pessoas de cidades pequenas, que não conseguem encontrar itens robustos com facilidade, pois não é normal ter uma loja de autopeças completa em todas as regiões. Então, esses compradores recorrem com frequência ao comércio eletrônico”, conta Neto. Próximos passos Com o público-alvo identificado, o e-commerce da Accioly passou a ganhar ainda mais corpo. Tanto é que, entre 2019 e 2020, a operação digital cresceu 100%. Agora, os esforços estão voltados para aprimorar a logística. O objetivo é implementar os chamados multicentros de distribuição (multi CDs). “Trata-se de um sistema de gerenciamento de estoque diferenciado”, explica Neto. “Na prática, as mercadorias compradas em São Paulo e no Paraná já estão saindo dos centros locais, mas queremos ampliar essa estratégia para as unidades dos outros estados. Isso diminuirá frete e imposto e vai nos deixar mais competitivos”, diz o profissional. Muitas pessoas de cidades pequenas não conseguem encontrar em lojas físicas itens como os que vendemos e, por isso, recorrem à internet '' Compartilhe uma foto com a revista usando a hashtag #RevistaLocaweb e conte sua história para a gente; você pode aparecer aqui e nas nossas redes sociais. João Assunção Neto, head de e-commerce da Accioly
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