Locaweb Edição 114
46 // reportagem / e-commercemaduro // revista locaweb @revistalocaweb das fontes e ao contraste das páginas, é recomendável que os empreendedores apostem em medidas de adaptação mais avançadas, como permissão de zoom em sites responsivos e descrição em áudio de produtos ou serviços. Alexandre Nogueira, especialista e consultor de e-commerce da Universidade Marketplaces, recomenda ainda destacar botões de ação, como “Finalize sua compra” ou “Veja seu carrinho”. Se o seu negócio não é específico para o público jovem, vale focar uma comunicação mais direta e objetiva, com termos que incluam o consumidor maduro. “Ao encontrar uma página amigável, o consumidor maduro tende a voltar sempre”, afirma. Hábitos de consumo também devem ser levados em consideração na hora de adaptar a experiência. Lembre-se de que esse público está muito acostumado com as compras analógicas e a possibilidade de ver e sentir o produto antes de pagar. Para quebrar essa barreira, é válido caprichar muito nas descrições, fichas técnicas e tabelas de medidas. Invista em fotos de qualidade e complemente a experiência com vídeos que exponham o que está sendo vendido e deem uma noção o mais realista possível disso. Pedro, da Nubmetrics, reforça a importância de criar um site didático e com um catálogo de produtos bastante claro, que não cause insegurança a respeito da discrepância entre o que foi pedido e o que será recebido. “Isso serve, na verdade, para qualquer consumidor. Para o público maduro, em especial, é determinante responder de forma detalhada todas as dúvidas. Do contrário, o processo de compra pode ser abandonado no meio do caminho.” Tempo para falar Diante de um perfil de consumo mais diverso e inclusivo, ter uma equipe Economia prateada De acordo com o "World Population Ageing", estudo realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2050 o Brasil será o país "mais velho" do mundo. Pela primeira vez, o volume de pessoas com mais de 60 anos no País já é maior do que o de crianças de até 5 anos. Daqui a menos de uma década, a projeção é que a população considerada idosa seja maior do que a de jovens com até 14 anos. O cenário atual e as expectativas para o futuro alimentam ainda mais a chamada Economia Prateada. De acordo com o estudo "Tsunami60+", projeto que surgiu da compreensão de que existe uma parcela de cidadãos que, embora ativa, se sente invisível, o termo está relacionado “à soma de todas as atividades econômicas associadas às necessidades das pessoas com mais de 50 anos – assim como aos produtos e serviços que elas já consomem ou virão a consumir no futuro”. O relatório estima que essa já é a terceira maior atividade econômica do mundo, movimentando US$ 7,1 trilhões por ano. No Brasil, o consumidor maduro é responsável por gerar cerca de R$ 1,6 trilhão ao ano. ou sistema de atendimento preparado se torna essencial. Afinal, uma experiência humanizada pode ser decisiva para a compra. “É comum que a conversa seja um pouco mais demorada em comparação à com o público jovem, por exemplo, mas com maior tendência a converter vendas”, garante Alexandre. Por isso, atenção e paciência são cruciais. “Passou pela cabeça produzir um passo a passo ilustrado para resolver um problema? Faça-o. Tem tudo para dar certo”, indica o profissional. Nesse contexto, vale ter em mente que o consumidor maduro não costuma gostar de conversar com máquinas. Por isso, é fundamental ter um canal onde esse contato com um atendimento humano seja possível. Um exemplo é o serviço de mensagens WhatsApp, extremamente popular e familiar a essa geração. E, se a sua empresa decidir apostar em chatbots, vale investir em uma inteligência artificial muito bem É comum que a conversa seja mais demorada em comparação à com o público jovem, mas com maior tendência a converter vendas '' Alexandre Nogueira , consultor de e-commerce da Universidade Marketplaces
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