Locaweb Edição 114

45 // reportagem / e-commercemaduro // revista locaweb postura no universo digital. “Esse grupo enfrentou grandes transformações sociais e revoluções sexuais. Foram eles que queimaram sutiãs, criaram a geração hippie e popularizaram o rock’n’roll”, lembra a fundadora do Hype50+. De acordo com a especialista, quem passou por tudo isso faz questão de continuar participando ativamente da sociedade. “São pessoas que não poderiam, e nem vão, deixar passar batida essa revolução tecnológica que o mundo está vivendo.” O ecossistema ideal Embora estejam cada vez mais digitais, os consumidores maduros interagem com o ambiente online de forma diferente daquelas das gerações mais novas. Pelos processos naturais do envelhecimento, eles enfrentam algumas limitações específicas que interferem na navegação e no trajeto necessário para fechar uma compra no comércio eletrônico. “Por esse motivo, é fundamental que seu e-commerce tenha um fluxo de vendas descomplicado. Isso traz a segurança necessária para que esse público obtenha sucesso em sua jornada”, explica Jônatas. Para garantir uma experiência positiva, o processo deve conter poucas etapas desde a seleção dos produtos até o checkout. A navegabilidade geral da loja também é um dos pontos que podem ser determinantes para fidelizar o consumidor maduro. “Lembre-se de que algo que pode ser óbvio para a geração nativa nem sempre faz sentido para as pessoas mais velhas. Quando isso acontece, é criado um obstáculo no percurso para a finalização da compra”, destaca Thiago Sarraf, especialista em e-commerce e fundador da Dr. E-commerce. Ainda nesse sentido, é importante oferecer um site acessível, uma vez que as pessoas maduras podem enfrentar déficits motores e de visão. Além de prestar atenção ao tamanho Jônatas, da Dooca Commerce, aponta que muitas pessoas que resistiam ao e-commerce se viram forçadas a fazer compras online durante a pandemia e, com isso, passaram a se sentir mais confiantes nesse ambiente Ele quer se ver (e ser visto)! O mercado maduro vem evoluindo, mas ainda há pouca representatividade nesse universo, sobretudo no Brasil. “Quantos e-commerces você conhece que têm fotos de produtos e campanhas com uma pessoa mais velha?”, questiona Bete Marin, fundadora da consultoria Hype50+ e da agência Máquina de Vendas Marketing. A especialista destaca o mercado de moda como exemplo justamente por ele ser um dos pontos de maior insatisfação do público 50+. O consumidor ainda tem muita dificuldade em encontrar peças adequadas às necessidades da idade e que saiam do estereótipo de “vovó e vovô”. Essa, porém, é apenas a superfície, porque a invisibilidade está presente de forma muito mais profunda, em todos os mercados. “A solução não é carimbar as peças como sendo para pessoas maduras. Representatividade é garantir que esse público também esteja presente na comunicação, nas campanhas e nas fotos de exposição no site”, explica Bete. Se o seu produto ou serviço atende a essas pessoas, é preciso enxergá-las e entender quais ajustes você pode fazer para que elas se sintam verdadeiramente contempladas pelo negócio. Nada de ultrapassado Apesar de muitos usuários com mais de 55 anos terem chegado há pouco ao comércio eletrônico, as pessoas maduras, de forma geral, já enxergavam a internet como um ambiente confortável muito antes da pandemia. Bete Marin, uma das fundadoras da consultoria Hype50+ e da agência Máquina de Vendas Marketing, especializada nesse mercado, conta que ainda há empresas que olham para esse público e pensam que ele não é digital. “Essa visão, no entanto, é totalmente equivocada”, aponta. Nesse cenário, quando se enxerga o comportamento desses consumidores, há um parêntese importante a ser feito: o envelhecimento está muito relacionado à diversidade. “Nem todo mundo avança de maneira igual. Isso varia de acordo com idade, gênero, classe social e dentro das próprias faixas etárias entre 50 e 90 anos”, explica Bete. Mas os Baby Boomers, em especial, têm características marcantes que influenciam sua

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