Locaweb Edição 114
31 // feed / ESG // revista locaweb Em breve, viveremos o cenário em que, ao pedir empréstimos, empresas que gerem muito carbono terão o crédito recusado '' Jefferson Kiyohara , diretor de compliance e sustentabilidade da ICTS Protiviti de sucesso. Uma boa dica é incorporar os pilares de ESG ao plano de negócio de acordo com o que os recursos permitirem e, com o tempo, evoluir aos poucos. Para elucidar os empreendedores que tenham dúvidas sobre como começar, Marcus destaca algumas práticas iniciais. “Do ponto de vista da governança, é fundamental ser transparente nas questões éticas do código de conduta”, diz. O professor do CEDS recomenda ainda esclarecer todas as políticas da empresa aos colaboradores, fornecedores e clientes, tanto de forma interna quanto no site. Quando o assunto é meio ambiente, independentemente do segmento, as empresas devem cuidar de energia, água, resíduos e do impacto ambiental de seus processos. Para Marcus, é importante, ainda, apoiar ONGs que trabalhem contra o desmatamento e a descarbonização, por exemplo. “Se for possível, faça um relatório de CO 2 . Isso demanda um pouco mais de dinheiro, mas pode ser um grande diferencial.” No âmbito social, é preciso cuidar dos colaboradores, investindo em treinamento e motivação – assim como em políticas de diversidade e inclusão. “Para as marcas pequenas, o básico é atuar dentro do que dizem a CLT e os Direitos Humanos”, aponta o professor. Apoiar projetos sociais e conscientizar cada funcionário a respeito de seu papel como cidadão também são responsabilidades de empresas de qualquer tamanho. Com tudo isso em mente, basta estar ciente de que as práticas ESG atraem clientes e aumentam a confiança de credores e investidores. Isso sem contar que elas estão relacionadas diretamente ao legado que sua empresa irá deixar. “Invista e siga em frente na sua jornada em torno do assunto, respeitando seu tamanho e seus recursos. Cuidar da sua parte agora certamente fará toda a diferença no futuro”, conclui Jefferson. marcas que estejam envolvidas em corrupção, descumprimento de questões éticas, testes em animais e trabalho infantil ou análogo à escravidão. Posicionamento, transparência e informações socioambientais já estão entre os principais critérios na tomada de decisão de compra. E isso deve ser observado por empresas de qualquer tamanho. Exigência para todos As PMEs que sejam parte da cadeia de fornecedores de companhias engajadas ou tenham relação direta com consumidores devem se inserir na questão do ESG da mesma maneira que as grandes corporações. “Apesar de poderem atuar com menor intensidade nesse sentido, é fundamental aos pequenos e médios empreendedores demonstrar domínio e gerar ações concretas sobre o tema, caso queiram se manter relevantes”, afirma Nelmara, da KPMG. Ocorre que a agenda ESG tende a se intensificar nos próximos anos, ao ponto de se tornar interesse de todas as pessoas, físicas ou jurídicas, de qualquer nacionalidade. Isso significa que as PMEs que largarem na frente vão se adaptar melhor ao ecossistema. “Há, cada vez mais, exigência de clientes, do mercado, do regulador e dos investidores, além de leis e regulamentações que estão a caminho. Portanto, é bom se preparar”, explica Jefferson, da ICTS Protiviti. Nesse sentido, cabe aos pequenos e médios empreendedores analisar de forma realista a posição do negócio diante dos aspectos sociais, ambientais e de governança envolvidos. “Esse entendimento é o primeiro passo. A partir daí, fica mais fácil saber o que priorizar e definir objetivos e metas para mudar ou melhorar a atuação de forma prática”, destaca Nelmara. Pequenos passos, grande impacto O melhor caminho para aplicar a agenda com excelência é se manter informado a respeito do tema e buscar exemplos
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