Locaweb Edição 113

37 // reportagem / cruelty free que todos os produtos da empresa são aprovados pela organização de proteção animal Cruelty Free International. Ambas as certificações são auditadas anualmente para garantir ao consumidor a confiabilidade das fórmulas. Além disso, o Boticário tem mais de 500 fórmulas que não usam ingredientes de origem animal. “Em 2020, 85% dos novos produtos desenvolvidos pelo grupo já nasceram veganos”, diz a diretora de branding e comunicação da companhia. Por isso, um processo de sinalização foi adotado em todas as embalagens da marca, para ajudar os clientes a saber quais artigos do catálogo são veganos. Pequenos passos, grande impacto Negócios menores também são parte fundamental da mudança de paradigma proposta pelo conceito de cruelty-free. A 100 Foods, por exemplo, nasceu com o propósito de levar alimentação saudável para as pessoas enquanto favorece a preservação do planeta. No portfólio, a marca tem molhos, temperos, maionese, hambúrgueres e empanados de origem 100% à base de plantas. “Sabemos da dificuldade que existe atualmente em encontrar companhias verdadeiramente comprometidas com a saúde e a sustentabilidade. Por isso, resolvemos fazer nossa parte e trazer consciência para a população”, comenta Paulo. De acordo com o CEO da empresa, ela trabalha apenas com matérias-primas naturais e uma lista de ingredientes mais clean label (isso é, sem nomes complicados no rótulo) em relação às indústrias de alimentos convencionais. “Nascemos conscientes em relação à causa animal, garantindo que nenhum ser vivo sofra para que possamos levar boa alimentação para a mesa dos brasileiros”, acrescenta o empreendedor. A 100 Foods também busca Organização Cruelty Free International audita selos que atestam se o item foi produzido livre de crueldade com animais. É o caso da certificação PETA (abaixo) Quem criou o termo? A ativista britânica dos direitos dos animais Muriel Dowding (1908-1993) foi a primeira a adotar o termo "cruelty-free". Para divulgar o conceito, ela incentivou as empresas inglesas que fabricavam peles falsas de animais a promover seus produtos com o conceito de "Beauty Without Cruelty" (ou "Beleza sem Crueldade", em português). Mais tarde, Muriel usou a expressão "Beauty Without Cruelty" para dar nome à primeira marca de cosméticos livre de crueldade com animais, em 1959. Para projetar seus esforços, a empreendedora também usava sua posição social como baronesa para apresentar a comida vegetariana a pessoas influentes e tinha sua casa como um santuário para animais em situação de rua. A empresa de Muriel existe até hoje (www.bwcshop.com) e é membro da Cruelty-free International, grupo de proteção e defesa que trabalha pelo fim dos testes e experimentos em animais. O Grupo Boticário é outro empreendimento brasileiro que nunca fez testes em animais e, há mais de 20 anos, garante que toda a sua cadeia de abastecimento também é cruelty- free. “O desafio de inovar para buscar resultados responsáveis nos levou ao pioneirismo brasileiro na criação de alternativas semelhantes a essa prática”, destaca Cathyelle. Atualmente, a companhia tem à disposição mais de 50 métodos livres de crueldade para garantir a segurança e a eficácia de seus produtos. Esse compromisso de décadas levou o grupo a conquistar os selos Beauty Without Bunnies e Leaping Bunny. O primeiro, da People for the Ethical Treatment of Animals (PETA), é voltado às marcas de cuidados pessoais que não testam em animais. O segundo, por sua vez, certifica

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