Locaweb Edição 112

52 // reportagem / a força das lives // revista locaweb @revistalocaweb Live commerce O live commerce é um formato de vendas que usa a tecnologia de transmissão ao vivo para demonstrar um produto ou serviço e vendê-lo na hora. O grande diferencial é que os vídeos são exibidos em plataformas específicas e integradas aos e-commerces. Isso significa que as pessoas podem assistir ao vídeo, interagir e até comprar produtos em uma única página. Sucesso na China, o modelo cresceu muito por conta da pandemia e movimentou US$ 170 bilhões em 2020, segundo uma projeção da consultoria iResearch. No Brasil, ele ainda está em processo de popularização, mas ganhando cada vez mais adeptos. A StreamShop é uma das plataformas que já oferece esse tipo de solução para o mercado nacional. Além de possibilidades de interação com o público, o sistema permite a integração com qualquer comércio eletrônico. “Também dá para navegar por um catálogo completo de produtos, divulgar promoções e fazer inclusão e navegação por vídeos ao vivo ou gravados. Isso permite manter a loja ‘aberta’ 24 horas por dia com diversas playlists para o consumidor escolher”, conta Lyana Bittencourt, CEO do Grupo Bittencourt, consultoria parceira do projeto. Juliana explica que organizações como o Sebrae já estão de olho nas plataformas de live commerce há um bom tempo. “Daqui para a frente, elas devem ganhar bastante força no Brasil”, aponta a consultora. Enquanto isso, muitos empreendedores seguem adotando estratégias parecidas de transmissões ao vivo, mas em redes sociais. Maria Ester de Barros, sócia- fundadora da loja de roupas EstilloEstter, por exemplo, promove lives de venda no Instagram para enfrentar os obstáculos da pandemia. Lyana, do Grupo Bittencourt, afirma que as live commerces são boas para mostrar catálogos e divulgar promoções Organização em três etapas Fazer uma live na internet não é só pegar um celular, ativar a câmera e sair conversando com o público. Quem quer obter sucesso com essa estratégia precisa de foco e planejamento. Juliana Segallio, consultora do Sebrae-SP, explica que é preciso se organizar em três etapas. A primeira é a da pré-live. Nesse ponto, os empreendedores devem organizar as pautas que serão abordadas no vídeo e até criar roteiros para facilitar a execução. Além disso, é preciso planejar os detalhes técnicos (como qualidade de conexão, imagem e som) e realizar uma boa divulgação, para garantir que as pessoas compareçam. “Se for o caso, vale a pena tomar cuidado com a disponibilidade do produto que será ofertado. A empresa não pode divulgar algo e depois sair correndo atrás de fornecedores”, afirma a profissional. A segunda fase consiste na execução da live. Como a exposição é muito grande, o ideal é praticar bastante, para não fugir do tema nem entrar em assuntos polêmicos. Também é preciso manter uma linguagem adequada e interagir com as pessoas da melhor forma possível. “Por último, há o momento do pós-live. Quem compra um produto físico por causa de uma transmissão ao vivo espera receber o item em uma boa embalagem e com um serviço de entrega eficiente”, explica Juliana. Para ela, os diferenciais oferecidos no pós-venda são uma das chaves para fidelizar o público.

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