Locaweb Edição 110
31 // feed / clubhouse // revista locaweb João Vitor, da Gestão 4.0, diz que os canais de marketing e negócios que fazem mais sucesso no momento dividem-se em três vertentes: bate-papo e troca de ideias; mentoria e tira-dúvidas com executivos de grandes marcas (branded); e vitrine, formato que permite expor um conteúdo específico desenvolvido com o objetivo de levar a audiência do Clubhouse para outro canal (como uma estratégia de meio de funil). Potencial de negócio “No Clubhouse, quem tem capacidade para influenciar consegue mostrar o que pretende ao vivo. Não há likes, comentários ou seguidores falsos. Ou você brilha ou nada acontece”, destaca Carlos. Isso transformou o aplicativo em uma oportunidade valiosa para quem tem, de fato, bom conteúdo a oferecer. Assim, a espontaneidade e o foco na conversa são os grandes diferenciais da plataforma. Como funciona o Clubhouse Um dos pontos que mais chamam atenção no Clubhouse é o fato de ele consistir em uma ferramenta focada em áudio – diferentemente de plataformas como WhatsApp e Twitter, nas quais a voz é apenas mais um recurso à disposição. De acordo com os fundadores, essa característica permite fomentar uma experiência mais tranquila, leve e espontânea de interação digital. Entretanto, como o conteúdo é realizado em real time, foi necessário criar uma hierarquia para que as salas de bate-papo se mantivessem coerentes e organizadas. Por isso, os usuários da rede social são divididos em três figuras centrais. Confira: Moderador: este é o cargo de quem cria uma sala. Por padrão, apenas ele e o primeiro convidado têm permissão para falar. A partir daí, ele é responsável por determinar novos moderadores, visualizar os participantes que solicitam a palavra e definir quem vai poder usar o microfone no canal. Speaker (ou falante): esta categoria identifica todas as pessoas que têm autorização para falar em uma sala. Elas aparecem no topo da tela, e quem está com o microfone ativo no momento é identificado por um círculo cinza que envolva a foto de perfil. Listener (ou ouvinte): este é o status inicial de qualquer pessoa nova que entre em uma sala. Os integrantes podem apenas ouvir a discussão. Apesar de o Clubhouse ter uma hierarquia entre os usuários, ele continua a ser democrático e de conexões acessíveis. Por isso, o ouvinte pode usar o recurso de levantar a mão para informar que deseja falar. A partir daí, fica a critério do moderador oferecer a ele o privilégio de speaker. “As salas com temas muito específicos transformaram a rede social em uma ferramenta poderosa para desenvolver networking, principalmente em tempos de isolamento e trabalho remoto”, diz Walter Soares, especialista em marketing digital. Essa dinâmica cria o cenário perfeito para quem quer mostrar conhecimento e profundidade nos assuntos que domina, pois a rede permite conquistar audiência de forma genuína. “Como não há compra de seguidores, a adesão ao conteúdo pode gerar trocas valiosas. Exemplos não faltam, desde insights para a criação de produtos até novas maneiras de relacionamento com a marca”, destaca Carlos. Nesse sentido, a melhor estratégia é criar as próprias salas e participar de outras que tenham foco em temas relacionados a seu setor. Com uma boa estratégia de marketing de conteúdo, é possível se posicionar como especialista, criar autoridade no Clubhouse e ganhar relevância na rede, dentro de sua área de atuação. Propriedade no assunto Na hora de produzir conteúdo para o Clubhouse, Carlos recomenda mergulhar nas características da plataforma e entender que marca, produto ou serviço são apenas pontos de contato com possíveis consumidores. “As empresas que entrarem na rede esperando ganhar relevância falando de si mesmas não irão prosperar”, afirma. Dentro desse cenário, uma boa dica para se dar bem na rede social de voz é investir em recursos como o storytelling. Conte a história da sua marca, do seu produto e dos aprendizados que você teve em sua jornada como empreendedor. “Isso vai te deixar mais próximo do público- alvo. E como tudo é feito por meio de áudio, a mensagem vai soar ainda mais pessoal”, afirma Walter. Walter, especialista emmarketing digital, vê o app como uma grande oportunidade de fazer networking
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