Locaweb Edição 109

50 // reportagem / gamificação // revista locaweb @revistalocaweb Para Danilo, o crescimento expansivo da busca das empresas por soluções gamificadas explodiu para valer nos últimos dois anos. “Ao longo desse período, tivemos um processo de educação do mercado. Isso trouxe à tona desde o entendimento do conceito até a apresentação de cases comprovando resultados e seus benefícios”, diz. Quem se destacou nesse cenário foram, principalmente, as PMEs e startups, que têm uma predisposição maior à adoção de novas metodologias para otimizar o dia a dia da operação. Trabalho divertido Fernando Seacero, fundador da i9Ação, desenvolvedora de jogos empresariais e soluções interativas de aprendizagem, explica que a gamificação está dividida em três grandes eixos: jogos de aprendizagem, simuladores e gamificação sistêmica. O primeiro engloba jornadas com começo, meio e fim motivadas por pontuação. O segundo, bastante antigo, simula uma realidade para que se possa testar e errar. O terceiro, por sua vez, usa elementos e design dos games dentro de uma plataforma ou rotina. Na prática, implementar a metodologia no ambiente corporativo pode trazer uma série de vantagens e benefícios para os negócios. Entre eles, o aumento da produtividade por meio da dinâmica de recompensas e reconhecimento. Já o ambiente mais lúdico e interativo tende a melhorar a satisfação dos colaboradores em processos como cursos e treinamentos – além de estimular a competição social saudável com mecânicas de missões e rankings. “Outra grande vantagem é transformar ações tediosas em experiências mais leves e divertidas”, destaca Rômulo Martins, cofundador da Niduu, plataforma para desenvolver colaboradores. O especialista destaca que, cada vez mais, os colaboradores querem estar em um ambiente de trabalho saudável e leve. Com a gamificação, é possível trazer essas características para situações que podem ser consideradas maçantes, como desenvolver habilidades, cumprir tarefas diárias ou criar novos hábitos. Apesar do cenário promissor, é bom ter em mente que a metodologia não faz milagres – e não deve ser usada na tentativa de resolver problemas estruturais do negócio. “A gamificação não altera a realidade, nem corrige aspectos culturais da sua empresa”, explica Adir. Na prática, é preciso ter um ambiente saudável e favorável antes de aplicar a estratégia. Só assim ela vai funcionar como uma ferramenta efetiva para otimizar e aprimorar processos. Respeite as fases Há um ponto da gamificação que precisa estar muito claro O jogo das vendas Ao estipular metas específicas para o time de vendas, muitas empresas usam os critérios da gamificação sem saber. De acordo com Danilo Parise, CEO da Ludos Pro, o ideal é aplicar a metodologia de maneira esclarecida e direcionada, pois dessa forma fica mais fácil criar uma atmosfera lúdica para que os objetivos sejam conquistados de forma mais espontânea e menos estressante. “Quando se tem colaboradores bem-treinados, pessoas mais engajadas e um universo de competição social saudável, o resultado em vendas é impulsionado organicamente”, afirma o especialista. Nessa dinâmica, Adir Filho, head de gamificação da Play2sell, destaca que os profissionais que mais se dedicam ao conceito ou que têm melhor performance no game, na maioria, são os que vendem mais. Já aqueles que ficam abaixo no ranking tendem a ter uma melhora progressiva nos resultados ao passo que avançam na jornada. Isto é, quanto mais o colaborador evolui na dinâmica, mais ele amplia suas possibilidades de melhorar o desempenho. A melhor maneira de iniciar uma jornada de gamificação é inserir os artifícios da metodologia aos poucos e com muita clareza '' Fernando Seacero , fundador da i9Ação

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