Locaweb Edição 109
45 // reportagem / saúde tech // revista locaweb Para o paciente, é como se ele tivesse um time completo de saúde no WhatsApp, acessível a qualquer momento '' Victor Marcondes , cofundador e CEO da Nilo Saúde Atendimento online As tecnologias que mais têm impulsionado as startups e facilitado o acesso à saúde são as relacionadas à comunicação online. A liberação provisória da telemedicina pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), por exemplo, possibilitou a criação de vários negócios promissores e vem conquistando os profissionais do setor. “A telemedicina evoluiu muito desde o início da pandemia. Hoje, ela está completamente inserida na realidade dos médicos brasileiros e veio para ficar. Já temos diversas plataformas eficientes para realizar o atendimento online com segurança e tranquilidade”, comenta Andrea Samara Audi, médica endocrinologista. Entre as soluções disponíveis está a da Nilo Saúde, que nasceu em 2020 com o objetivo de proporcionar cuidados digitais e multidisciplinares à população acima de 50 anos. A companhia tem uma série de profissionais, como médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e educadores físicos, que ficam à disposição dos clientes de forma virtual. “Para o paciente, é como se ele tivesse um time completo de saúde no WhatsApp, acessível a qualquer hora. Há também as consultas online, que facilitam a vida de muita gente”, explica Victor Marcondes, cofundador e CEO da Nilo Saúde. “Geralmente, o primeiro atendimento é feito por um coordenador, que identifica todos os fatores e as necessidades da pessoa, desde doenças até as áreas que ela gostaria de trabalhar para ter um envelhecimento mais saudável. A partir disso, criamos o plano de cuidados com acompanhamento profissional”, completa. O modelo de negócios criado pela startup atua em parceria com as seguradoras. “Tudo é pago pelo plano de saúde do paciente, sem qualquer tipo de taxa extra. Se a pessoa precisa de algo que não conseguimos resolver, fornecemos orientações O time ideal Eduardo Kanashiro, cirurgião plástico e CEO da Academia da Pele, atua também como investidor e tem apostado alto nas healthtechs. Segundo ele, quem deseja se consolidar nesse mercado tem de oferecer muito mais do que um bom produto ou serviço. “O principal fator de sucesso é a equipe. Vejo algumas healthtechs que não têm médicos em seu quadro, enquanto outras os incluem, mas se esquecem dos outros profissionais da medicina. Ambas partem em desvantagem, porque o ideal é trabalhar em cima de uma união de competências”, comenta. Dentro desse cenário, contar com especialistas da saúde na equipe é importante porque são eles que sentem todo o processo na pele e têm capacidade técnica quanto ao assunto. Entretanto, nem sempre estão preparados para trabalhar em áreas como gestão, operações e tecnologia, que precisam ser preenchidas por outros profissionais qualificados.
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