Locaweb Edição 109
35 // capa / de pessoas para pessoas // revista locaweb digital. Se isso for o espelho de sua personalidade, ela estará no caminho do marketing humanizado. Autenticidade e transparência são pontos fundamentais para que o processo funcione”, completa. Ao criar um padrão honesto para com seus princípios, a marca pode seguir adiante e replicar o conceito em todos os meios de comunicação, pois o consumidor não quer ser atendido de diversas formas pela mesma companhia. “As empresas que sabem fazer isso conquistammelhor o coração das pessoas. Aquelas que não têm esse discernimento, porém, estão perdidas. Insatisfação e reclamações de todas as pontas estão entre as consequências para quem adota linguagens distintas nos canais disponíveis”, alerta a especialista. Isso tudo deixa claro que a chave para ter sucesso com o marketing humanizado é ir além de técnicas superficiais, como um conteúdo moderninho, porém oco. Para criar uma conexão sincera com os clientes, no entanto, o recomendado é olhar, primeiramente, para dentro de casa. Relação com People Marketing Marketing humanizado e People Marketing são conceitos interligados. Este último consiste em uma metodologia, criada pela Social Miner, que ajuda empresas a entender por que as pessoas tomam certas decisões. Ela trata das interações humanas na jornada de compra e como um negócio pode melhorar suas vendas. “Se uma empresa coleta dados com o consentimento do cliente e identifica um padrão neles, como a baixa intenção de compra, ela pode usar essa informação para automatizar campanhas com comunicações adequadas e humanizadas, que levem em consideração esse comportamento. Essa é uma forma de criar estratégias personalizadas e relevantes em escala, sem que sejam robóticas, pois elas usam esse contexto na comunicação. Tudo isso acaba sendo percebido de forma diferente pelo consumidor”, aponta Ricardo Rodrigues, head de produtos da Social Miner & All iN. O marketing humanizado, por sua vez, é usado em parceria com o People Marketing, só que deve ser aplicado antes. Isso porque a empresa deve primeiramente fortalecer sua cultura para depois entender e cativar os consumidores. Para reverter esse quadro, é comum que as companhias pensem em adotar uma linguagem descontraída e próxima ao se comunicar pela internet. Essa estratégia é válida, mas não é garantia de sucesso, até porque não consiste em uma técnica do marketing humanizado. Em vez de pregar que o conteúdo deve ser amigável, o conceito aposta na criação de uma linguagem que reflita a personalidade da marca – e que esta, por sua vez, seja uma síntese da cultura em que estiver envolvida. A importância da linguagem “Existe uma visão romantizada de que uma marca precisa ter uma linguagem fofa e passar ‘good vibrations’ (vibrações positivas) o tempo todo para ser considerada humanizada, mas não é bem assim que funciona. Muitas vezes, isso soa superficial e sem necessidade”, diz Laíze Damasceno, fundadora da comunidade e escola Marketing de Gentileza. “Uma empresa pode ser firme, séria, profissional e imprimir todas essas características no ambiente
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