Locaweb Edição 107

46 // reportagem / ia e big data // revista locaweb @revistalocaweb O profissional explica que, quando se tem a permissão dos consumidores para coletar dados, as informações podem ser usadas para criar algoritmos. “Temos um na Social Miner, por exemplo, que prevê a intenção de compra de um cliente (se é alta, média ou baixa), com base no comportamento dele. Entretanto, essa informação pode ser usada em múltiplas funções, e não necessariamente só para compras. Ela pode ajudar também na hora de indicar músicas, filmes e produtos, contribuindo para que as marcas tenham uma relação relevante com as pessoas, e vice-versa”, comenta. Claudio Brito, mentor de mentores e CEO do Global Mentoring Group, também acredita que entender as necessidades do público é essencial para aumentar o número de vendas por meio de estratégias que usam tecnologias high-tech. “Se um consumidor compra fralda regularmente, é possível presumir que ele tem um bebê em casa. Com isso, dá para prever que, dentro de alguns anos, essa criança vai deixar de usar fralda e precisar de outros itens infantis. A partir daí, a loja consegue oferecer produtos específicos de forma ativa a esse usuário”, explica. O ideal é sempre analisar o que os dados estão dizendo e usar essas informações para determinar o melhor curso de cada ação. “Para alguns, a evolução pode significar explorar novos formatos de lojas ou renovar sua seleção. Para outros, isso poderia significar o uso de novas tecnologias ou a reciclagem de sua equipe. Em todos os casos, trata-se de colocar o cliente em primeiro lugar e criar uma experiência mais pessoal na loja, seja ela online, seja Ferramentas permitem acompanhar a evolução dos clientes e oferecer o que eles realmente precisam, segundo Claudio, do Global Mentoring Group People Marketing O People Marketing é uma das estratégias que podem ser usadas para complementar o uso de inteligência artificial e big data nos negócios. O recurso consiste em ajudar o cliente a concluir seu pedido. “As pessoas começam a jornada considerando uma empresa para resolver uma necessidade ou um desejo que elas têm. Depois, avaliam as opções de produtos, comparam-nas e, só então, decidem finalizar a compra”, explica Ricardo Rodrigues, CEO da Social Miner, companhia especializada em dados de comportamento. Ao recorrer aos conceitos de People Marketing, é possível identificar e analisar diferentes etapas da jornada de compra. A partir desse entendimento, os empreendedores podem criar comunicações que fazem sentido para cada contexto. “Achar que todo mundo está na fase de decisão de compra é um dos maiores erros das empresas na hora de criar campanhas de marketing”, destaca Ricardo. A rede de supermercados Extra, que conta com um marketplace na internet, por exemplo, decidiu apostar em People Marketing para aumentar as vendas em uma data “comemorativa” nada convencional. Em uma sexta-feira 13, a marca engajou seus clientes com brincadeiras interativas que incentivavam o acesso a várias páginas do site – inclusive às de uma categoria especial com obras temáticas de suspense e terror. O resultado foi um aumento de 6,3% na taxa de conversão de vendas.

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