Locaweb Edição 106
39 // reportagem / transformação digital // revista locaweb Luiza Trajano, do Magalu, participou de painel com Fernando Cirne, da Locaweb, a respeito do cenário digital pós-pandemia dentro da caixa do produto. “Crie uma experiência para quando o cliente receber o item. Quem é surpreendido positivamente tende a compartilhar o momento, seja com amigos, seja nas redes sociais”, afirma o especialista. Por falar em redes sociais, essas plataformas podem ter um papel especial na comunicação com os promotores de sua marca. Uma boa ideia dentro do Instagram é usar a lista de Melhores Amigos. A partir dela, é possível reunir os principais clientes e compartilhar conteúdo exclusivo com eles. “Também vale criar grupos no Telegram, WhatsApp e Facebook para as pessoas se relacionarem com a empresa”, diz André. Apostar no storytelling (estratégia que usa enredo e recursos audiovisuais para contar histórias envolventes) é outra forma de gerar love brands. No Brasil, quem se destaca neste sentido é o Magalu. Por meio da influenciadora virtual Lu, a marca consegue se conectar de forma humanizada com um público de mais de 23 milhões de seguidores nas redes sociais. Para Pedro Alvim, gerente de marketing de conteúdo do Magalu, vários ingredientes fizeram a Lu ter sucesso no mundo digital, com destaque para a vulnerabilidade. “O que fortalece a conexão é o lado emocional. As pessoas simpatizam com a ideia de uma personagem virtual ter reações reais”, conta. “Quando o Brasil foi eliminado na Copa do Mundo de 2014, por exemplo, ela apareceu chorando pela primeira vez. A receptividade das pessoas a esse fato nos surpreendeu. O nível de empatia foi muito grande”, lembra o profissional. Independentemente da estratégia que decida adotar para gerar love brands, é importante destacar que a conexão aprimorada com os consumidores certos impacta diretamente as vendas. Afinal, os advogados das marcas gastam duas vezes mais que os clientes comuns, segundo dados da desenvolvedora de softwares JitBit. Futuro do e-commerce Com todos esses conceitos novos surgindo no mercado, a digitalização dos negócios torna-se cada vez mais uma prioridade na vida do empreendedor. Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magalu, e Fernando Cirne, CEO da Locaweb, se reuniram para conversar sobre o tema a levantaram alguns pontos importantes que funcionam tanto para multinacionais como para pequenas e médias empresas. O Magalu, que se consolidou como uma das marcas mais bem-sucedidas do Brasil na era digital, temmuito a ensinar. A companhia aposta em uma série de estratégias digitais além da Lu, como o marketplace, o programa Parceiro Magalu e o conceito de compras omnichannel, que ressalta uma mudança constante no papel das lojas físicas. Para Luiza, o digital está tão valorizado que deve ser visto, hoje, como uma cultura e um modo de vida. “É importante que o empresário, mesmo pequeno, entenda que tem de explorar esse universo. Se não deu certo de uma maneira, arrisque outra. Não pode ter medo de investir em um negócio. Mas é bom saber que as vendas online estão crescendo cada vez mais”, ressalta. Por trás do conselho da executiva há um ponto importante. Mais do que dar um salto nos últimos meses, tudo indica que o mercado digital se manterá em alta após a crise da covid-19. "A pandemia pode ter estimulado a primeira compra (online), mas o cliente veio para ficar. As vendas na internet não vão desacelerar nos próximos meses porque o e-commerce ainda tem baixa penetração no Brasil, já que apenas 12% das transações do varejo no País são digitais", explica Cirne. Com tanto espaço para atuar, o especialista recomenda o uso de ferramentas digitais para converter ainda mais.
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