Locaweb Edição 105

44 // reportagem / LGPD // revista locaweb @revistalocaweb A nova lei impõe responsabilidades e obriga empresas de todos os tamanhos a usar corretamente as informações coletadas '' Maximiliano de Carvalho Jácomo , coordenador do curso de segurança digital do IGTI O problema é que, por reunir uma série de normas relacionadas à proteção de dados e à transparência, a LGPD tem provocado confusão e insegurança, principalmente, aos pequenos e médios empreendedores. Por isso, é essencial se aprofundar no tema e conferir os conselhos de especialistas no assunto para se adequar da melhor maneira possível às novas regras. O que a LGPD quer Nos últimos anos, o tema “proteção de dados” ganhou os holofotes. Diversos países perceberam que era hora de criar normas oficiais para garantir a segurança e a transparência das informações pessoais coletadas pelas empresas. No Brasil, a preocupação deu vida ao desenvolvimento e à implantação da Lei Geral de Proteção de Dados, inspirada na General Data Protection Regulation (GDPR), em vigor na Europa desde 2018. E se a fiscalização for semelhante à do Velho Continente, é bom estar em ordem. Dados divulgados pela Marsh, consultoria de riscos e corretora de seguros, indicam que os órgãos reguladores europeus aplicaram 785 multas relacionadas à GDPR entre maio de 2018 e novembro de 2019. “Assim como ocorria em outros lugares do mundo antes da aprovação de leis específicas sobre o tema, o posicionamento das empresas brasileiras em relação ao tratamento de dados pessoais não era algo que despertava a atenção dos gestores. O direito de proteção e privacidade das informações dos clientes e consumidores passava às margens dos negócios”, explica Maximiliano de Carvalho Jácomo, coordenador do curso de segurança digital do Instituto de Gestão e Tecnologia da Informação (IGTI). “As companhias armazenam e usam há muito tempo esses dados, uma vez que eles são um ativo de valor estratégico para o desenvolvimento dos negócios.

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