Locaweb Edição 104
39 // capa / sociedade 5.0 // revista locaweb espalhadas pela área de abrangência. E mais: elas devem ser distribuídas de forma inteligente, próximas umas às outras. Isso porque a quinta geração trabalha com frequências altas de banda larga. E quanto maior for a faixa, menor será sua propagação. É aí que mora um impasse a ser resolvido: atualmente, as operadoras que atuam no Brasil têm antenas grandes e espaçadas. “O sistema principal da Vivo, por exemplo, fica instalado em Barueri (SP) e libera comandos para todo o Brasil. Se a operadora quiser trabalhar com 5G, terá de instalar antenas menores e distribuí-las por vários lugares, para acelerar a conexão”, indica Ravi, da 2FIND. Criar uma estrutura como essa no país, entretanto, significa superar os desafios propostos por um conjunto atrasado de leis. “A legislação não acompanhou a velocidade tecnológica do setor, o que gera um distanciamento de ideias. Seria perfeito criar um texto moderno que valesse para todos os municípios, uma vez que, hoje, cada cidade tem sua própria lei em relação ao assunto. Isso dificulta muito o avanço”, ressalta Marcos. Parte dos esforços nesse sentido ganharam fôlego com um decreto pubilicado em 1º de setembro que regulamenta os dispositivos da Lei Geral das Antenas (LGA), de 2015. O texto final ainda não foi divulgado, mas espera-se que as medidas para estimular o desenvolvimento da infraestrutura de telecomunicações no Brasil sejam facilitadas, enfrentando menos burocracia no O DSS será um um bom aperitivo do 5G enquanto não houver uma definição em relação às licenças de antenas e aos leilões de faixas de frequência no Brasil '' Carlos Eduardo Sedeh , CEO da Megatelecom gerações. Nunca na história houve tecnologias coexistindo na mesma banda. É algo novo”, diz. Há, porém, um problema a ser superado: o 5G DSS não é comercial. Dessa forma, não pode ser aplicado em grande escala. “Não tem jeito: para funcionar para valer, a nova geração precisa ter uma frequência dedicada. O DSS entregará um serviço melhor que o 4G, mas não passa de uma estratégia de marketing para introduzir o conceito no país”, aponta Carlos Eduardo Sedeh, CEO da Megatelecom, empresa que oferece serviços para a área de telecomunicações, e vice-presidente executivo da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TelComp). “No entanto, será um bom aperitivo enquanto não houver uma definição em relação às licenças de antenas e aos leilões de faixas de frequência no Brasil”, completa. A questão das antenas Para o 5G funcionar, é necessário ter uma boa quantidade de antenas
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