Locaweb Edição 104

37 // capa / sociedade 5.0 // revista locaweb “Nesse sistema, as duas redes móveis dividem a mesma antena, mas cada uma delas recorre a um software dedicado. Assim, quem tiver acesso à quinta geração receberá maior velocidade e menor latência”, explica Everton. Esse modelo, porém, não é suficiente para enviar todo o potencial da tecnologia a serviços mais robustos e massificados, como o pedem, por exemplo, as aplicações de IoT. Por isso, investimentos já começaram a ser feitos para desenvolver uma estrutura totalmente nova, com antenas próprias. Esse modelo de negócios é chamado de Standalone (SA). Até o momento, a maioria dos países que iniciou sua trajetória com o 5G optou por transitar entre as duas etapas, usando primeiro a capilaridade do 4G e depois o ecossistema dedicado. Estados Unidos, China e Reino Unido fazem parte desse grupo. O Brasil, por sua vez, decidiu pegar um atalho com a tecnologia batizada de 5G DSS. A trajetória da internet móvel Internet móvel é a tecnologia que permite acessar informações online sem a necessidade de usar um fio como condutor. Para isso, basta estar dentro do alcance das antenas responsáveis pelas transmissões de sinais. O primeiro gostinho desse sistema se deu com o lançamento do 2G, na década de 1990. À época, a grande novidade era a troca de mensagens de texto e até fotografias via SMS. De lá para cá, foram lançadas mais duas gerações de internet móvel, sendo que cada uma delas apresentou diversas melhorias em recursos e desempenho. Isso porque, à medida que o número de usuários e dispositivos aumenta, as redes precisam se adaptar às novas exigências do mercado. Tanto é que o 3G oferece velocidade de download de até, aproximadamente, 2 Mbps, enquanto o 4G aumentou essa capacidade para 5 Mbps. Com o desenvolvimento das cidades e empresas inteligentes, novas demandas surgiram em torno de uma tecnologia que consiga disponibilizar uma internet ainda mais veloz, de grande alcance e alta qualidade. Esse é o papel do 5G, cuja expectativa de velocidade de download gira em torno de 10 Gbps. médicos enviando comandos a robôs. É importante ressaltar, porém, que tudo isso ainda está no campo das especulações, já que a tecnologia ainda não foi testada de forma massiva em nenhuma parte do mundo. “É tudo muito novo. Ainda não dá para enxergar ao certo todas as possibilidades que poderão ser exploradas”, diz Marcos Ferrari, presidente- executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil). O que se sabe é que, para alcançar esse nível de conectividade, uma infraestrutura específica terá de ser instalada. E ela não é pequena. A infraestrutura necessária A infraestrutura necessária para distribuir a conexão 5G começou a ser desenvolvida em alguns lugares do mundo a partir de dois modelos. O primeiro deles, chamado Non-Standalone (NSA), é mais prático, pois usa a base do 4G.

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