Locaweb Edição 104
12 // entrevista // revista locaweb via podcasts (o canal de YouTube Rhavi Carneiro's Fluency TV, por exemplo, tem quase 700 mil inscritos, enquanto o Instagram @rhavicarneiro tem 1,1 milhão de seguidores), e um curso pago, que já atraiu mais de 30 mil alunos em 77 países. Você desenvolveu um método próprio para aprender idiomas com maior facilidade. Em que momento decidiu compartilhar esse conhecimento com outras pessoas? Percebi que tinha algo interessante em mãos quando consegui aprender francês e espanhol, sozinho, por meio da metodologia. Mas ainda suspeitava de sua eficácia. Não sabia se ela funcionaria com todo mundo. Então, como já dava aulas de inglês, resolvi fazer uma experiência. Os alunos de escolas tradicionais com quem trabalhava receberiam o material clássico, enquanto os particulares teriam acesso ao meu conteúdo. Depois de seis meses, percebi que a comunicação dos estudantes privados era dez vezes melhor que a de quem estava há cinco anos aprendendo pelo método tradicional. A partir daí, como você usou a tecnologia para oferecer o método de ensino a um público maior e, consequentemente, criar a Fluency Academy? Em meados de 2016, criei uma página no Facebook chamada Inglês com Rhavi Carneiro. O primeiro conteúdo foi um vídeo curto que trazia dicas práticas. Ele chamou atenção por ser algo compartilhável e pouco oferecido à época – hoje, muita gente ensina gírias, expressões e pronúncia dessa forma. Em poucos meses, atingi 40 mil seguidores. Lembro que entendi a proporção que isso tomou quando percebi que esse número poderia lotar o estádio do Athletico Paranaense, meu time do coração. Assim, continuei oferecendo essas pílulas de conteúdo entre outubro de 2016 e agosto de 2017. E, enquanto alimentava as redes sociais, preparei o curso de inglês que seria oferecido pela Fluency Academy. Desde o começo, a Fluency Academy dá muita ênfase para o aprendizado gratuito. Por quê? O conteúdo gratuito é o coração da Fluency Academy. Nosso objetivo sempre foi democratizar o aprendizado de idiomas e criar algo que fosse gostoso de consumir. Damos aulas para quem quer aprender, com materiais para baixar, áudio para escutar e acesso ao vivo a professores, entre outros recursos. No final, sem dar nada em troca, o estudante tem contato com muito conteúdo. Só que tudo gera uma consequência. Nesse caso, estamos fidelizando um seguidor e mostrando a qualidade da nossa metodologia. Se ele quiser, pode ficar consumindo de graça pelo resto da vida. Mas, caso decida se aprofundar e comprar um curso, sabemos que ele vai investir tempo e dinheiro em quem já confia. Os cursos pagos de cada idioma oferecem o mesmo conteúdo para pessoas em diferentes níveis de aprendizado. Como você criou uma linguagem capaz de atender e desenvolver todos os estudantes simultaneamente? Os cursos pagos da Fluency Academy oferecem aulas todos os dias durante sete meses – embora o cliente possa acessar o conteúdo ao longo de dois anos. Esse período abrange do básico ao fluente. Quem nunca teve contato com o idioma vai se beneficiar do acompanhamento diário. Existe um cronograma que aponta as aulas e os exercícios de cada dia. Os estudantes intermediários e avançados, por sua vez, têm o diferencial da pronúncia. Como existe o déficit da conversação nas escolas tradicionais, isso, por si só, traz um ganho enorme, pois a pessoa poderá, enfim, entender e se comunicar com os nativos. A Fluency Academy é uma plataforma de cursos de idioma a distância com várias soluções tecnológicas integradas. Por que você decidiu apostar em um negócio digital? Decidi criar a Fluency Academy online porque a internet é mais democrática. Basta ter uma conexão para acessar o conteúdo que quiser e da forma que preferir. Ali, as oportunidades são iguais. As pessoas costumam chegar até nós pela Fluency TV, que é o nosso portal gratuito, no qual publicamos materiais novos todos os dias. Mas também temos boa presença no YouTube, no Instagram e no Facebook – sem contar os investimentos em podcasts. Notamos que essa é uma tendência e, então, criamos dois programas. Um deles é o Walk'n'Talk, com aulas completas de inglês. O outro é o Fluency News, que comenta, também em inglês, as notícias do mundo mais relevantes da semana. A ideia, inclusive, é expandir esse modelo para as demais línguas que ensinamos. Mais recentemente, já durante a pandemia de covid-19, você recorreu a lives, inclusive com outros professores de inglês, para gerar novos conteúdos. Que potencial você enxerga nessa ferramenta? Vejo as lives com bons olhos. As redes sociais estão infladas com dicas. Então, dei um step back (passo atrás) e resolvi dar aulas completas. Até porque, hoje, as pessoas querem aprender o idioma para valer, não querem mais pílulas. No começo da pandemia, comecei um projeto O erro no empreendedorismo, assim como ao aprender um idioma, faz parte do processo. Sei que é clichê, mas senti isso na pele. Melhorei muito com minhas falhas em termos de estratégia e comunicação ''
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