Locaweb Edição 102
// revista locaweb 55 // essencial / cores do site “Quem tem uma loja física e deseja montar um e-commerce, por exemplo, temmais facilidade na hora de definir o público-alvo. Principalmente depois da pandemia do novo coronavírus, que tornou mais semelhantes os clientes desses dois universos. Afinal, pessoas de todas as classes e idades se viram forçadas a fazer compras online, mesmo que anteriormente não estivessem acostumadas a esse processo”, afirma Rafael Telles, CEO da agência SEO Criação. Já os empreendedores que começaremdo zero podemusar outros critérios para identificar quem será seu cliente e, com isso, estabelecer de forma mais assertiva a identidade visual da marca. “É preciso questionar-se a respeito de qual mensagem você deseja passar. Para isso, vale a pena listar seus valores, anseios e comportamentos comomarca. A partir daí, é possível usar essas informações para traçar um arquétipo de empresa e usar a psicologia das cores para se conectar melhor aos usuários”, conta Gabriel. Psicologia das cores A psicologia das cores é o nome que se dá ao campo de estudo que analisa como o cérebro humano identifica os tons e os transforma em sensações ou emoções. Hoje, sabe-se que eles afetam percepções de dimensão, peso, temperatura e variações na absorção de luz, entre outros fatores. Assim, uma bola Rafael, da agência SEO Criação, deixa claro que é preciso evitar o amadorismo e não escolher as cores apenas por uma questão de gosto pessoal As cores da página devem oferecer conforto e conduzir o consumidor para a conversão, de acordo com Gabriel, da agência Identidade Digital Significado das cores Veja a que tipo de sentimento ou emoção correspondem algumas cores, de acordo com a No Film School, comunidade mundial de designers, especialistas em vídeo, produtores e criativos. • Amarelo: sabedoria, conhecimento, relaxamento, alegria, verão, covardia, traição, inveja, doença, perigo. • Azul: fé, espiritualidade, paz, calma, estabilidade, harmonia, confiança, segurança, limpeza, céu, água, tecnologia, depressão. • Branco: sim, proteção, amor, respeito, pureza, precisão, inocência, juventude, neve, frio, clínico, estéril. • Preto: não, poder, sofisticação, elegância, mistério, medo, anonimato, infelicidade, estilo, mal, tristeza, remorso, raiva. • Verde: cura, calma, perseverança, orgulho, natureza, saúde, fertilidade, inexperiência, inveja, imaturidade, destruição. • Vermelho: raiva, paixão, fúria, ira, desejo, excitação, energia, velocidade, força, poder, calor, amor, agressividade, fogo, guerra, violência. preta tende a parecer maior, mais pesada e quente que uma branca, mesmo que ambas tenham o mesmo tamanho. E isso pode ter tudo a ver com a mensagem que sua marca quer passar. A No Film School, comunidade mundial que reúne designers, especialistas em vídeo, produtores e criativos, fez um compilado de significados ligados a diversas cores (confira o quadro "Significado das cores"). Cabe ao empreendedor e ao designer cruzar essas informações com o perfil do público-alvo, para concluir sobre quais tons adotar. Nessa fase do projeto de criação, é fundamental analisar a paleta de cores. Ou então, valer-se de templates prontos, pois muitos deles já vêm com a escala resolvida. “O importante é fugir do amadorismo e de escolher as combinações livremente, apenas por gosto pessoal”, recomenda Rafael. Quem preferir desenhar tudo do zero pode usar uma série de ferramentas disponíveis no mercado que facilitam visualizar a paleta e fazer combinações. “Partindo de uma cor principal, recorremos ao Adobe Color para comparar diversas opções”, diz Gabriel. Recentemente, o aplicativo incluiu uma função de análises de tons que pensa em pessoas com daltonismo, o que pode acrescentar um elemento de acessibilidade a mais à sua página. Outra dica do head de tecnologia da agência Identidade Digital é o Contrast Checker. “Com ele, dá para analisar contrastes entre cores de fundo e texto”, explica. “Já quando se trabalha com gradientes, o uiGradients permite testar os tons escolhidos em diversas situações interessantes”, acrescenta. Como todo processo criativo, vale a pena ainda desprender-se de verdades absolutas na hora de escolher as cores. “Não precisamos reinventar a roda, mas podemos deixá-la mais bonita com as novas informações adquiridas a partir do desenvolvimento da ciência”, finaliza Rafael.
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