Locaweb Edição 97
D esde que os homens se lançaram ao mar e iniciaram peregrinações no deserto, as estrelas foram seus guias, apontando direção e mantendo-os na rota, para objetivos tanto comerciais quanto militares. O próprio conceito e a determinação de latitude, usados até hoje por todos, vêm da comparação entre o horizonte que estamos vendo, a Linha do Equador e a posição dos astros e estrelas – por meio dessas referências é possível estimar o quão longe você está da Linha do Equador. Sendo mais específico, a Estrela Polar do Norte, que compõe a constelação da Ursa Menor, é usada, desde a Antiguidade, como referência de orientação no Hemisfério Norte. Isso porque ela apresenta-se sempre fixa no céu estelar através dos anos. É emmeio a esse contexto que nasceu a Métrica Estrela do Norte, conceito desenvolvido para orientar empresas em suas jornadas. Segundo Sean Ellis, um dos gurus do Vale do Silício, ela tem como base capturar a principal entrega de valor da solução para o cliente final. Dessa forma, independentemente do setor ou projeto, partindo de operações até vendas, a métrica norteia a criação de táticas e estratégias, guiando toda a empresa em um único rumo. Além disso, estimula a exclusão de medidas de vaidade ou específicas, com retorno limitado e inexpressivo. Dentre muitas empresas que adotam tal prática, vale citar o WhatsApp, que se guia pela quantidade de mensagens que um usuário envia diariamente. Outra é o Airbnb, que estabelece o número de diárias reservadas como sua métrica-guia. Mas, como sabemos que no contexto de Cultura de Produto não existe receita pronta, vale ressaltar que, mesmo sendo uma prática difundida em diferentes contextos de empresas, recomendo a atenção a três pontos: 1. Entrega de valor: a clareza do propósito da empresa e do produto irá proporcionar a segurança necessária para identificar o real valor esperado pelo cliente? Imagine: e se a estrela-guia te levar para um falso sucesso? 2. Equilíbrio e balanceamento: em uma estratégia de negócios, a Estrela do Norte pode não ser a única do céu. Que tal pensar em uma constelação de estrelas para balancear a rota e evitar incentivos ou efeitos perversos? 3. Um por todos e todos por um: a construção da métrica deve ser coletiva, diversa e livre de egocentrismo. Uma estrela já nasce morta caso a sua importância seja imposta ou não represente o objetivo comum. Agora é com você. Inspire-se com os grandes desbravadores do passado e apoie e estimule sua empresa, seu time ou projeto a ficar de olhos atentos ao céu. Cássio Scozzafave Product owner na Locaweb e coautor do desconstrutivo.com.br @cascozza /cassioscozzafave Olhando para estrelas e métricas influenciador 22 REVISTA LOCAWEB
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