Locaweb Edição 95
capa 36 REVISTA LOCAWEB relacionamento especial, criando o próprio ecossistema para ajudar a si e a outras pessoas. “Trazia gente que conhecia, trabalhou comigo no mundo corporativo e queria empreender. Assim, fui construindo um ambiente mais acolhedor para todas”, afirma. Quatro anos depois, a Rede Mulher Empreendedora transformou-se em um negócio de sucesso. Hoje, oferece, gratuitamente, eventos, mentoria, cursos, capacitações, marketplace e um fórum anual para 500 mil profissionais. A iniciativa conta com uma equipe interna dedicada e mais de 250 voluntárias espalhadas pelo Brasil. Isso sem contar as parcerias com grandes empresas, como Google, Bradesco e Itaú. Por um mundo mais justo As mulheres também têm visto no empreendedorismo a chance de dar suporte umas às outras diante de questões como machismo e abuso. Foi o que fez Gabryella Correa ao fundar a Lady Driver, um aplicativo de transporte exclusivo para mulheres. “Fui assediada por um motorista de aplicativo. Depois desse dia, só queria andar com condutoras, mas não existia um app específico nesse sentido”, conta Gabryella. Consciente de que a sua experiência não foi isolada, ela decidiu criar uma plataforma de transporte que desse segurança às passageiras e oportunidades às motoristas. “O mercado não valoriza a mulher atrás do volante. E acredito que a Lady Driver pode trabalhar a favor dela nesse sentido”, ressalta. Não é de se surpreender que, para provar o potencial da ideia, Gabryella encarou preconceito e descrença. “Nossa empresa é uma startup de transporte, o que reúne universos predominantemente masculinos. Cheguei a ouvir de diretores de grandes companhias que a Lady Driver não daria certo porque mulher não sabe dirigir”, conta. Hoje, o negócio revela números cada vez mais altos e tem o título de maior app de transporte feminino do mundo, segundo o “Financial Times” – além da pilota Bia Figueiredo como embaixadora e investidora. Mais do que a questão do empreendedorismo, a Lady Driver tem impactado a vida de mais de 50 mil motoristas, no que diz respeito a autoestima e independência financeira. São pessoas que renunciaram à carreira para cuidar dos filhos, que saíram de relacionamentos abusivos ou que agora têm como pagar pelos próprios estudos, e que se sentem úteis e necessárias por serem mulheres. Empoderamento Para mudar a disparidade das mulheres em relação aos homens, no que tange a liderar e empreender com sucesso, é preciso estimular a sensação de autoestima e pertencimento desde a infância. É justamente esse o trabalho do projeto Força Meninas. Criado em 2016, a iniciativa nasceu quando a jornalista Déborah De Mari decidiu pesquisar e entender o que transforma mulheres em líderes – e percebeu que esse tipo de questão é desenvolvida ainda nos primeiros anos da vida. Como mulher, Déborah Não é necessário um investimento inicial alto para marcar presença no mercado. A dica é usar o que você tem de conteúdo e bagagem e ativar sua rede de relacionamentos Lady Driver, aplicativo de transporte exclusivo para mulheres, foi criado após fundadora ser assediada. Hoje, é o maior do mundo com sua proposta
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