Locaweb Edição 95

empreendedorismo feminino 33 REVISTA LOCAWEB Ana, da Rede Mulher Empreendedora, destaca as qualidades femininas no mundo dos negócios, como a visão maior de colaboração Entre 2013 e 2019, o número de mulheres empreendedoras aumentou 124%, indo de 1,3 milhão para 3 milhões, de acordo com estudo do Sebrae Minas dificuldade de acesso ao crédito do que os homens. Esse é um fato que, muitas vezes, atua diretamente no desenvolvimento de uma empresa.” Tania Gomes, empreendedora e vice- presidente da Associação Brasileira de Startups, revela que a questão se expande ao ecossistema de startups. “Quando um investidor está diante de uma empresa liderada por um homem, a indagação é: ‘Quanto de mercado você quer ganhar no próximo ano?’ Já para uma líder mulher, ele provavelmente vai perguntar se os clientes atuais vão se manter no ano seguinte”. De acordo com a especialista, do masculino se exige agressividade, impulso. Enquanto isso, do feminino espera-se a simples manutenção. Nas faixas mais altas do ambiente corporativo, a situação é ainda menos favorável. Hoje, os cargos mais altos são predominantemente ocupados por homens. “Há um grande percurso para mudar esse histórico, mas se ficarmos Mudança da sociedade Mais do que gerador de trabalho e renda, o empreendedorismo feminino é uma ferramenta de transformação social. Quando a mulher monta um negócio, não tende ao individualismo, mas ao investimento na família, nos filhos e na comunidade. “Existe uma expressão muito verdadeira que diz algo como: ‘Se você quer mudar uma pessoa, mude um homem. Agora, se quer mudar uma sociedade, ajude uma mulher”, conta Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora. Ela explica que a figura feminina tem uma visão maior de colaboração e cuidado. Por isso, quando uma mulher dá certo, vai trabalhar para que outras também consigam chegar lá. esperando a evolução acontecer de forma natural, vamos aguardar cem anos. É preciso que as pessoas enxerguem agora a importância de valorizar a presença e o potencial da mulher no mercado”, afirma Geovana. Enfrentamento Em 2013, Roberta assumiu a diretoria da marca L’Oréal Paris poucos meses após o nascimento de sua primeira filha. No ano seguinte, o convite para ser diretora comercial da Divisão de Produtos de Grande Público veio junto à segunda gravidez. No universo dos negócios, as desvantagens na corrida só aumentam. Ana conta, por exemplo, que ainda não há muitos programas de capacitação focados em empreendedorismo feminino. “Soma-se a isso o fato de as mulheres terem mais Na busca de ser a protagonista de sua própria história, empreender pode ser uma das melhores maneiras de se realizar pessoal e profissionalmente