Locaweb Edição 95

capa 32 REVISTA LOCAWEB O que precisa mudar é a capacidade de entender que nós podemos alcançar o que quisermos e que o controle, na maioria das vezes, está em nossas mãos diz Geovana. Só que o cenário é outro. Há um largo histórico de obstáculos a serem enfrentados quando a jornada é feminina. As mulheres encaram barreiras diferentes já na linha de largada. Isso porque, desde a infância, são geradas uma série de travas profissionais entre meninas e meninos. Ao mostrar sentidos de liderança, as garotas tendem a ser criticadas e rotuladas como “mandonas” ou “arrogantes”. Os garotos, por sua vez, são incentivados a ter esse tipo de comportamento. Corrida com obstáculos Os números podem até ser positivos, mas a adesão feminina ao ecossistema tem razões muito mais complexas do que as dos homens. “Hoje, quase metade dos pequenos empreendedores no Brasil são mulheres. Muitas delas, entretanto, acabam empreendendo não por vontade, mas por necessidade”, diz Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora. Parte delas não vê mais acolhimento no mundo corporativo, enquanto outras são excluídas desse ambiente com a chegada da maternidade. Geovana Quadros, fundadora da Confraria Mulheres Inspiradoras, salienta a importância da mudança de cenário. “O empreendedorismo feminino deve ir muito além da necessidade. Tem que ser uma consequência natural. Estamos falando de metade da população, que ainda hoje não é representada nos papéis de liderança, seja na ciência, seja na política ou em qualquer outro meio.” Se fosse uma questão de igual para igual, o papo aqui seria outro. “Mas estamos longe de poder falar emmeritocracia. Para isso, homens e mulheres teriam que sair da mesma linha de partida”, Shutterstock.com Roberta Sant’Anna, diretora-geral da divisão de Luxo da L’Oréal Brasil

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