Locaweb Edição 94

especial 34 REVISTA LOCAWEB principalmente o capital humano. “Nosso principal problema era a falta de empoderamento das pessoas. Por isso, toda a equipe passou por treinamentos”, conta Tiago. “O retorno não demorou a vir. Não existe nada mais importante do que funcionários motivados e bem-organizados, agindo de acordo com a cultura da empresa”, completa. Com o sucesso do projeto, o Grupo Soma pensa em expandir essa mentalidade para todos os setores em que atua. “Acredito que, para disseminar o modelo para toda a empresa, precisaremos de alguns anos. Os resultados, porém, já surgiram com as primeiras mudanças. Então, o restante virá como consequência”, garante. Assim como a cultura de startup salvou a operação digital do Grupo Soma, ela pode trazer benefícios para sua empresa, independentemente de porte, setor ou gestão. Isso porque esse modelo de negócios preza pela velocidade e liberdade, mesmo que isso resulte em erros. O importante é aprender com a trajetória e chegar o mais rápido possível ao topo. De onde vem a cultura de startup De forma macro, cultura é um conjunto de hábitos, comportamentos, crenças e valores formados e praticados por um determinado grupo de pessoas. “Ela é inerente ao ser humano. Está presente, queira ou não, em cada um de nós”, afirma Elizeo Karkoski, diretor-executivo da agência P3K Comunicação e fundador da startup Tarefa Fácil. Assim sendo, toda empresa possui uma cultura organizacional formada por quema compõe. No caso das startups, a forma de gestão favorece e incentiva amudança e a criatividade, gerando, como consequência, a inovação. Dentro desse contexto, é deixada para trás amentalidade adotada desde a Tiago, do Grupo Soma, ressalta a melhora significativa dos resultados após os funcionários terem passado por treinamento e se empoderado com a cultura das startups fazer o negócio funcionar, o time precisava ser engajado com o propósito, com funcionários assumindo mais de uma tarefa e entendendo que cada parte do processo é importante para o sucesso do todo”, destaca Rafael Ribeiro, diretor-executivo da Associação Brasileira de Startups (Abstartups). Embora não se tenha certeza de qual foi a primeira startup a adotar esse tipo de gestão, é fato que ela surgiu no Vale do Silício, na Califórnia (EUA). “Por lá, estudantes de tecnologia iniciaram um movimento de empreendedorismo e desenvolvimento de recursos disruptivos que ia na contramão do que era praticado pelas organizações tradicionais. Esse formato exigia também uma metodologia de trabalho mais ágil e fluida, o que, de cara, deu início a um novo modelo de atuação”, diz Elizeo. Os pilares do modelo de gestão A cultura de startup pode apresentar características diferentes e inerentes ao local Revolução Industrial, que tem como base o controle e a hierarquia, para dar vazão a novas ideias. “Equipes enxutas, recursos limitados, informalidade e a incerteza do negócio exigiram que as startups surgissem com modelos diferentes dos aplicados no mercado tradicional. Para

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