Locaweb Edição 92
gig economy 49 REVISTA LOCAWEB No Brasil, o trabalhador pode se habilitar legalmente como autônomo, ou como microempreendedor individual, e prestar serviços Quem entra em um carro da Uber ou pede algo pelo Rappi, por exemplo, pode até não saber, mas está incentivando o crescimento da Gig Economy Paulo Sérgio João, professor de direito trabalhista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) “A legislação terá de se adaptar a esses novos tipos de trabalhadores e negócios. Empresas digitais recém-abertas, que têm prestadores de serviço no conceito Gig, estão tentando se adaptar. Isso vai desde aplicativos para entregadores de alimentos, motoristas, empregadas, a outras plataformas que fazem o ‘match’ entre quem precisa e quem procura”, explica Marcus. As vantagens Para as empresas, o principal trunfo é não ter a mão de obra contratada e todos os impostos que a acompanham. Essa característica tende a ser muito útil para pequenas e médias companhias que, muitas vezes, precisam de serviços temporários. “As vantagens também decorrem da rapidez da entrega do serviço e do volume de atendimento em escala”, conta Paulo. Denise Fleck, especialista em gestão do crescimento corporativo e professora associada do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (COPPEAD) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), defende que a Gig Economy ajuda a melhorar a produtividade das empresas. “Antigamente, uma pessoa que trabalhava vendendo cookies, por exemplo, precisava pensar em vários fatores, desde a produção até a distribuição. Hoje, ela pode usar alternativas de Gig Economy, como aplicativos de entrega de alimentos, para otimizar seu tempo e focar mais o desenvolvimento da empresa”, diz. Para quem oferece serviços em plataformas de Gig Economy, a principal vantagem é a flexibilidade. Marcus explica que o profissional tem mais liberdade nesse modelo de negócio. “Fica mais fácil escolher um determinado tipo de trabalho e o foco do projeto, além de administrar o tempo e trabalhar para mais de um cliente simultaneamente”, afirma. Principais desvantagens A alta rotatividade de pessoas é uma das desvantagens da Gig Economy. Por conta disso, as empresas que optam por serviços nessa modalidade sempre precisam estar atentas à qualidade do trabalho dos profissionais disponíveis no mercado. Além disso, vale a pena ficar de olho na gestão do cliente, que, às vezes, acaba sendo indireta. “Outra desvantagem é que algumas companhias já consolidadas podem perder diferenciais conquistados anteriormente. Uma empresa que tinha frota própria para fazer entregas mais rápidas, por exemplo, vai ficar para trás,
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