Locaweb Edição 92
especial 44 REVISTA LOCAWEB Para as pessoas surdas, mas alfabetizadas, é importante adicionar legendas a todo o conteúdo em vídeo que tenha som. Já para os deficientes auditivos que só entendem a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), o ideal é que o site ofereça um tradutor de LIBRAS ou avatar de tradução, como o Vlibras e o Handtalk. Nesse processo de entender e criar projetos acessíveis, Guilherme afirma que o grande segredo está em se aproximar do público. “Conheça seu cliente em potencial e descubra suas reais necessidades, para criar uma experiência muito mais assertiva”, conta. A dica é buscar por pessoas reais e ouvir o que elas têm a dizer. “Essa é uma forma muito simples, barata e cumpridora de construir um site acessível com parâmetros que vão além da legislação.” Por onde começar? Essas e outras ações fazem parte das chamadas Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG) 2.0. O documento, criado pela World Wide Web Consortium (W3C), é a principal referência internacional de orientação para desenvolvedores e gestores de como tornar conteúdos, páginas e aplicações mais acessíveis. Outro norte para quem não sabe por onde começar são as Cartilhas de Acessibilidade na Web, desenvolvidas pelo W3C Brasil. Elas são fontes para entender melhor o assunto de uma perspectiva menos técnica, e com uma linguagemmais prática. Mas mais do que abraçar as recomendações do WCAG e das cartilhas, Thiago conta que é importante que o negócio como um todo esteja comprometido. “Não dá só para ficar adaptando e emendando. É preciso que os projetos também nasçam acessíveis. E todas as áreas da empresa precisam estar engajadas nessa missão”, explica. Melhora no SEO Aurélio lembra que boa parte da avaliação de SEO nas páginas é feita de forma automatizada. “Então, quando você tem um site pronto para receber pessoas com deficiência visual, por exemplo, que usa um leitor de tela, é como se ele tivesse se preparado para a leitura da máquina que faz a avaliação”, explica. Além disso, o account director destaca que o básico da acessibilidade já pode colocá-lo para cima no ranking do Google. “Só de estar bem organizado, com uma boa ordenação de conteúdos e com texto alternativo nas imagens, você aumenta sua pontuação para estar bem classificado nas máquinas de busca.” Mas não se esqueça de que a avaliação também passa por mãos e olhos humanos. Por isso, os aspectos de clareza de conteúdo e facilidade de navegação já citados pelos especialistas não podem ser deixados em segundo plano. Sua loja no topo A ideia de adaptar todo um site pode parecer assustadora, mas Simone garante que mesmo as menores mudanças podem fazer uma grande diferença. Ela conta que, para quem nunca teve opções, entrar em um site que permita, minimamente, navegar e compreender o conteúdo, já é um diferencial enorme não apenas para o usuário, mas também para a marca. “Há uma série de atitudes que as empresas podem tomar no sentido de remediar problemas sem fazer tudo do zero”, afirma Aurélio. Você pode começar pelo tamanho das fontes e a melhora no contraste, por exemplo. Essas ações custam bem pouco, mas têm Conheça seu cliente em potencial e descubra suas reais necessidades, para criar uma experiência muito mais assertiva Guilherme D’Paula, UX designer da Locaweb Confira, na íntegra, os documentos citados nesta reportagem: - Cartilha de Acessibilidade na Web – http://lwgo.to/1ix - Web Content Accessibility Guidelines (WCAG) – http://lwgo.to/1iy
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