Locaweb Edição 92
N ão sei para você, mas paramim parece que foi ontemque falamos sobre ideia fixa, bulletballs emétodos de validação e desvalidação de iniciativas. Caso seja sua primeira vez nesta coluna, não deixe de ler a edição anterior. Vai valer a pena, prometo! Agora, depois de entendermos a importância de análise da concorrência, entrevista comconsumidor e paper prototyping, vamos aos últimosmétodos para fugir da “ideia fixa”: Fake interface: polêmica, mas efetiva, trata- se da criação de umbanner, uma chamada ou um botão no painel do cliente, no site ou emmídias sociais, que aborda o novo serviço ou produto ou a nova funcionalidade. Ao clicar, o cliente, em vez de ser direcionado para a efetiva compra ou uso do serviço, é direcionado para umamensagemde pesquisa ou de registro de interesse. Dessa forma, é possível mensurar a intenção “real” de compra. Extreme Experiment: pule de cabeça na experiência que seu novo serviço ou produto pretende abordar. Entendendo as rotinas de seu público-alvo ou os lugares que ele frequenta, você poderá abordá-lo no ato exato da compra e propor uma construção e validação coletiva. Um exemplo clássico é o desenvolvimento de um jogo de celular para crianças no meio de um parque de diversões, coletando feedbacks e criando “on time”. MVP: também conhecido como Máxima Vergonha Possível, o MVP é definido como a entrega de um Produto Mínimo Viável (Minimum Viable Product), para que as hipóteses possam ser testadas o quanto antes. O segredo deste método é entender e priorizar o real valor que será entregue no momento “zero”, além de compreender que essa entrega não é a primeira versão da sua solução, mas um teste mais simples e minimamente viável. Gostou dos métodos? Não pare por aqui, aprofunde-se naquele que mais chamou sua atenção e o coloque em prática. Steve Blank, um dos empreendedores mais renomados do Vale do Silício, defende que, a cada dez produtos novos, nove falham, e 33% dos que sobram realmente mantiveram sua ideia inicial. Então, é preciso se livrar do egocentrismo ocidental que associa o fim com derrota e sofrimento. Por que não encarar o fim como os orientais? Para os japoneses, chineses, tibetanos e indianos, guiados pela cultura budista, a morte é considerada uma oportunidade de renascimento. Por isso, em vez de preto, usa-se o branco para celebrar o luto. A vida é muito curta para ser desperdiçada criando serviços e produtos ruins. Todas as vezes que desistir de uma ideia fixa ou um bulletball, celebre! Cássio Scozzafave Product owner na Locaweb e coautor do desconstrutivo.com.br @cascozza /cassioscozzafave Evitando ideias fixas e bulletballs - Parte II influenciador 26 REVISTA LOCAWEB
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