Locaweb Edição 90

especial 48 REVISTA LOCAWEB Quem concorda com ele é Cristiana Marroig, especialista em UX e sócia da Agência Tamanduá. “Já reparou nas fontes dos pôsteres de cinema? Geralmente, os títulos dos filmes usam a fonte trajan, que é bastante legível, se encaixa em diferentes contextos e conversa bem com o público-alvo dos filmes”, destaca. “O mesmo precisa ser feito em web design, mas de uma forma muito mais complexa, por conta da variedade de dispositivos à disposição dos internautas”, salienta. Combinação perfeita Assim como ocorre com os pôsteres de cinema, na hora de desenvolver um projeto no ambiente virtual é imprescindível harmonizar a escolha das fontes com a identidade da empresa. Assim, fica mais fácil cativar o cliente e entregar a mensagem desejada, o que pode, por exemplo, ajudá-lo a efetuar uma compra. É aí que entra o que é chamado de pareamento de fontes, uma técnica que combina estilos para criar páginas com uma dinâmica mais orgânica e intuitiva. Cristiana comenta que não existe uma regra de como fazer um bom pareamento, mas a recomendação geral, especialmente para quem está começando, é não usar mais do que três tipos. Isso impede que a tipografia vire um "frankenstein" A fonte, combinada com itens como cores e imagens, transmite sensações para o usuário. Em alguns casos, ela pode dizer mais do que o texto Micael Delgado, publicitário da Agência Fante Bruno Licciardi, visual designer da Locaweb, afirma que, antes de fazer o pareamento, é preciso entender as classificações dos estilos de fontes. Na prática, elas estão divididas em três grupos: sem serifa, serifadas e manuscritas. “As que pertencem à classe sem serifa têm uma proposta mais moderna, por não ter prolongamento ou pequenos traços nas extremidades das letras”, explica Bruno. Ele conta que, inicialmente, elas eram usadas em informações complementares, como legendas, mas que, de uns tempos para cá, ganharam espaço em títulos e blocos de texto com pouco volume de conteúdo. “As fontes serifadas têm como características pequenas linhas que dão continuidade e criamuma harmonia para a leitura, por meio de espaços negativos”, explica o visual designer. Elas sãomuito usadas quando há grandes blocos de texto, pois facilitama leitura e diminuemo cansaço visual. De acordo com Cristiana, a maioria das pessoas usa fontes sem serifa no layout de sites — como Arial, Narrow e Myriad Pro Regular — porque elas são mais fáceis de ler nos monitores. Já no impresso, as fontes serifadas — como Times New Roman e Baskerville — são mais adequadas. “Apesar de não deixar a leitura tão clean, elas marcam uma linha imaginária que ajuda o olho a acompanhar a leitura”, atesta a especialista em UX. Fontes: característicasbásicas Segundo Marcelo, da Agência Ready, é preciso identificar a mensagem que a empresa deseja transmitir e aplicar a tipografia mais adequada nesse sentido

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