Locaweb Edição 84

capa 30 REVISTA LOCAWEB Para Elvis, do Painel10, existem boas fontes de consulta, mas muitos empreendedores ainda não enxergam a importância de se planejar De maneira geral, o empreendedor precisa avaliar sua loja virtual da mesma maneira que é feita no oÅline. Para isso, a dica é se valer das inúmeras ferramentas disponíveis no mercado. Cássia Godinho, consultora do Sebrae-SP, recomenda o uso do Canvas (confira o quadro Business Model Canvas), que funciona como um primeiro exercício para o futuro lojista compreender todas as variáveis do seu novo negócio. Além disso, a consultora do Sebrae-SP destaca que, especificamente no e-commerce, as variáveis essenciais a serem definidas são “proposta de valor” e “segmento de clientes”. Ela explica que isso se deve ao fato de os concorrentes estarem a apenas um clique de distância no comércio eletrônico. Vale ter em mente também que os critérios que o consumidor mais usa para comprar são preço e prazo de entrega. Mas o pequeno empreendedor dificilmente vai conseguir concorrer com os players de mercado nessas vertentes. Por isso, Cássia dá a dica e diz que a oportunidade para os PMEs está nos nichos de mercado, já que as grandes empresas não se dedicam a eles. Antes de começar a vender, o processo de validação vai trazer retornos valiosos. Elvis Gomes, consultor do Painel10, indica o Mercado Livre como balança para entender como os produtos que você quer oferecer se comportam no mercado. Lá, é possível analisar a quantidade de vendas por item e obter dados que vão ajudá-lo a mensurar a viabilidade de fazer comércio em determinados segmentos. A sazonalidade do seu produto também deve ser analisada de todos os ângulos. Quem comercializa brinquedos, por exemplo, deve ficar atento a épocas como Dia das Crianças, Black Friday e Natal. Mas é preciso ir além e traçar um plano para saber como se portar durante o resto do ano. Outro ponto de extrema importância é entender exatamente para quem você vai falar. Ainda no comércio de brinquedos, quem consome esse produto são as crianças, mas quem toma a decisão de compra são os adultos. “Construir a ‘persona’ do seu cliente exige muito trabalho, mas é ela que vai evitar que você invista esforços em quem não está interessado em seu produto”, diz Rosangela. Na ponta da língua O e-commerce no Brasil ainda é muito jovem, e parte considerável das lojas virtuais ativas é de pequenos empreendedores. Elvis, entretanto, observa que há uma grande falta de busca por informações por parte desses lojistas. “E não é por falta de conteúdos, eventos e profissionais da área dedicados a fomentar o comércio eletrônico”, afirma. Muita gente simplesmente não acredita que planejar e se atualizar faz diferença. O fato, porém, é que quem não pesquisa acaba virando as costas para uma série de atalhos rumo ao sucesso. É por isso que o empreendedor de primeira viagem deve garimpar a internet atrás do máximo de informação. “Há diversas reportagens e pesquisas de comportamento de consumo disponíveis para consulta. Basta ter paciência para coletar e organizar esse conteúdo a seu favor”, diz Cássia. Conversar com pessoas experientes no mercado e aprender com os erros delas também vale muito a pena. Você só vai saber que fez a lição de casa direito quando As variáveis essenciais a serem definidas na hora de montar um e-commerce são “proposta de valor” e “segmento de clientes”