Locaweb Edição 83

especial 32 REVISTA LOCAWEB Com quatro metros de comprimento, o Creator usa sensores e computadores para montar hambúrgueres sozinho A Coreia do Sul lidera o processo de automação no mundo. Lá, na indústria, há 531 robôs para cada 10 mil operários. No Brasil, são 10 robôs para cada 10 mil trabalhadores industriais Quando o assunto é fast-food, o Creator é uma lanchonete robotizada com operação nos Estados Unidos. O chefe da unidade é um burguer bot de cerca de quatro metros de comprimento que usa sensores e computadores para montar hambúrgueres do zero. Após receber um pedido, o robô coloca os molhos na medida certa, corta os ingredientes frescos na hora, frita a carne e monta o lanche. Tudo em poucos minutos. Cenário nacional De acordo com a Federação Internacional de Robótica, a Coreia do Sul lidera o processo de automação no mundo. Lá, na indústria, há 531 robôs para cada 10 mil operários. Já no Brasil, esse número cai bruscamente. São apenas 10 robôs para cada 10 mil trabalhadores industriais. Esse dado mostra que o Brasil ainda está engatinhando no processo de robotização da indústria e dos serviços. “Hoje, a dificuldade de conseguir componentes e a falta de qualificação, por conta da base educacional sem tecnologia, contribuem para esse distanciamento entre os países”, destaca Rafael Oliveira, fundador e CEO da Maker Robotics, empresa de conteúdo educacional voltado à tecnologia. Mesmo diante de ummercado incipiente, porém, já existem diversos trabalhos de robótica nos laboratórios e nas universidades brasileiras. “Temmuito projeto- piloto, apesar do custo alto. Limpadores de piscina autônomos, aspiradores inteligentes e até mesmo tarefas realizadas por drones mostram-se como embriões promissores”, destaca Ilson Rezende, CEO do Anymarket. O que já está rolando Além das universidades, muitas empresas e startups locais têm trabalhado para oferecer essa tecnologia no País. “As companhias globais também estão disponibilizando seus produtos no nosso mercado. Há plataformas que permitem até que as PMEs tenham acesso a ferramentas de inteligência artificial em seu negócio, de forma simples e barata”, destaca Raphael Lacerda, sócio e gestor de projetos da Mercado Binário que, por sinal, conta com uma solução de robôs. Eles oferecem de graça o ElevaWeb, máquina que replica conteúdo de canais parceiros em sites de empresas que não têm tempo para criar material, mas querem se posicionar bem no Google. “Na etapa atual, esse processo também permite a coleta de dados para aperfeiçoar a inteligência e deixar o serviço mais assertivo, para que ele consiga gerar textos do zero no futuro”, explica o executivo. Outro projeto que já foi colocado em prática no Brasil são os SBOTs, do Anymarket, focados na integração e operação de marketplaces. Na prática, os robozinhos atuam como soÊwares autônomos que corrigem falhas inesperadas causadas por esse tipo de sistema comercial, bem como ERPs, plataformas e usuários. Quem também vem chamando a atenção do mercado é o Tinbot, da empresa homônima, que integra inteligência e mecânica. Ele funciona como um robô assistente, com interatividade e personalidade humanizada, capaz de ser personalizado de acordo com as necessidades de cada negócio. Quando se fala em logística, o empreendedor brasileiro

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